Editorial

Estranho, muito estranho mesmo pesquisa que dá perfis de ultra-direita em alta nas redes sociais

O brasileiro (a) parece que não aprendeu com o resultado das urnas quando a maioria dos eleitores (as) elegeu Lula pela terceira vez presidente da República. Ou não aprenderam ou o país virou mesmo reacionário e de ultra-direita.

Digo isso porque de acordo com um levantamento da agência de inteligência de dados MAP, perfis de direita fecharam fevereiro com 30,7% de engajamento nas redes sociais, sendo que 87% dessas contas se apresentam como bolsonaristas. A pesquisa foi publicada neste domingo (5) pela Folha de S. Paulo.

Segundo o portal de direita O Antagonista, de acordo com a agência, esses perfis alavancaram a presença de Jair Bolsonaro nas redes. No mês passado, o ex-presidente teve 41,9% de aprovação nas 3,17 milhões de publicações que o mencionaram.

Já os perfis de esquerda perdem espaço desde outubro do ano passado e tiveram apenas 13% de participação virtual. Lula teve aprovação em 54% dos comentários, patamar que mantém desde setembro.

Estranho, muito estranho mesmo, até porque se levarmos em conta o governo fascista de Jair Messias Bolsonaro, onde foi pregado o negacionismo na pandemia da covid-19 quando centenas de milhares de brasileiros (as) morreram por não terem tomado a vacina, quando o próprio Bolsonaro foi o segundo brasileiro a ser imunizado escondendo a verdade e zombando do povo, quando curumins Yanomami morreram por falta de assistência médica, um verdadeiro genocídio, quando terroristas bolsonaristas tomaram de assalto o Palácio do Planalto, o Congresso Nacional e o Supremo Tribunal Federal inconformados com o resultado das urnas, e agora mais recente o escândalo das “joias da coroa”, quando Bolsonaro tentou burlar o Fisco, não declarando R$ 16,5 milhões em joias recebidas como presente pessoal à ex-primeira Dama, Michelle Bolsonaro, doados pelo Governo Árabe, a Folha divulga uma pesquisa que deu 41,9% de aprovação nas 3,17 milhões de publicações que mencionaram Bolsonaro.

A única justificativa plausível pra isso é que as redes sociais continuam sendo dominadas por bolsonaristas de ultra-direita, aqueles mesmo que pregam o “terror”, e a esquerda fracassa na contra-informação. Não vejo outro argumento.

Bom ressaltar, no entanto, que uma das prioridades da nova Agência Brasileira de Inteligência (Abin) será a de identificar e monitorar grupos extremistas nas redes sociais para se antecipar a ataques à democracia, como os ocorridos no dia 8 de janeiro. Os financiadores de grupos de disseminação do discurso de ódio vão merecer atenção especial da inteligência.

Foto reproduzida da Internet

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