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Em meio a investigações criminais e com a prisão de assessores próximos, o ex-presidente Jair Bolsonaro tem pela frente um revés político-jurídico dado como certo por fontes no Executivo e no Judiciário: a inelegibilidade, que deve resultar de uma das ações a que responde no Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
A avaliação na cúpula do Judiciário, segundo a Revista Fórum, é que Bolsonaro dificilmente escapará da proibição de concorrer a eleições, e isso pode ocorrer em breve, devido a um processo no TSE que analisa a reunião com embaixadores que o então presidente promoveu no ano passado no Palácio da Alvorada para atacar o sistema eleitoral brasileiro. De acordo com a Fórum, fontes com conhecimento do assunto e ouvidas pela revista, a expectativa é que esse caso possa ir a julgamento em junho.
Mas, e a sua prisão pelos crimes que teria cometido, objeto de processos a que responde? Tanto no Executivo quanto no Judiciário, uma eventual prisão do ex-presidente — um de seus maiores temores — não é vista como uma possibilidade imediata, mas algo que pode acontecer no futuro, ao final dos processos criminais, diz a Fórum.
Fato é que o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), e presidente do TSE, relator dos processos contra Jair Bolsonaro no âmbito do Supremo, já tem em mãos informações e conteúdos o suficiente para decretar a prisão do Capitão.
No Supremo, entre outras investigações, Bolsonaro é alvo de inquérito por incitar os ataques violentos e a tentativa de golpe de Estado no 8 de janeiro e a outro pela suposta falsificação no cartão de vacina dele e de pessoas próximas a ele. Ambos os inquéritos são liderados por Alexandre de Moraes.
Estas informações que possam condenar Bolsonaro certamente Moraes já as tem. A declaração dias atrás do novo advogado de Anderson Torres, Eumar Novacki, foi taxativa ao dizer que seu cliente não fará delação premiada, mas vai dizer a verdade. O relaxamento da prisão de Torres que passou a cumprir prisão domiciliar foi sintomática. Ou ele já abriu o bico ou se comprometeu em abrir.
Torres se encontrava depressivo na prisão e familiares estavam preocupados com a sua saúde. Moraes não relaxou a prisão do ex-ministro da Justiça do governo Bolsonaro e ex-secretário de Segurança Pública do Distrito Federal a troco de nada. Torres está sendo acusado de ter sido omisso enquanto secretário de Justiça com relação aos atos terroristas de 8 de janeiro e também está sendo investigado sobre a Minuta de golpe encontrada em sua casa em dezembro do ano passado.
Portanto, Alexandre de Moraes já deve ter um calhamaço de informações para incriminar Bolsonaro. Ele deve tá analisando todos os processos e colhendo mais informações para não deixar nenhuma brecha que a defesa de Bolsonaro possa questionar. A avaliação é que uma detenção só ocorreria em caso de condenação criminal pela Justiça comum ou pelo próprio Supremo, o que, a depender do avanço dos casos pode ocorrer a qualquer momento.
A conferir!
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Foto reproduzida da Internet
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