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por Carlos Alberto Barbosa
Quatro anos fazem que eu e familiares estivemos no velho mundo e pós pandemia de covid-19 decidimos retornar a Europa. Primeira parada Paris. Embora os franceses não percam o ar de “superioridade”, e como dizem os portugueses, “com nariz empinado”, a cidade luz continua bela e charmosa com pessoas bonitas e elegantes. Um fato negativo: muitos fumantes, desde jovens e idosos. Outra observação. Carro americano quase não se ver em Paris. Ah, antes que esqueça: os franceses admiram o presidente Lula. Um motorista de aplicativo ao se referir a Lula levantou o polegar da mão esquerda e disse: Lulalá!
Desta vez não pude fazer os registros dos imigrantes angolanos acampados à beira da estrada na rodovia que dá acesso do Aeroporto Internacional Charles De Gaulle ao centro da cidade, onde ficamos. Motivo: desembarcamos no Aeroporto Internacional de Orly, aquele mesmo da música de Toquinho, “Samba de Orly”. No entanto se observa muitos pedintes nas ruas e o curioso é que todos eles têm um cachorro ao seu lado. Ah, muitos imigrantes indianos trabalham de segurança em lojas de departamento ou como garçons nos restaurantes.
No nosso roteiro em Paris, além de uma nova visita a Torre Eiffel, Arco do Triunfo e a Champs Élysees, uma das avenidas mais famosas do mundo, estava também conhecer os lugares em que os parisienses mais frequentam como a Rue Montorguiel, onde se tem lojas de queijos, a primeira loja de doces da capital francesa e muitos café´s. Também visitamos um dos bairros mais queridos dos parisienses, o Saint-Germain, no coração da capital francesa. O bairro tornou-se famoso na década de 1920, com boemia intensa, vida cultural e intelectual. Lá está também localizada a Plance Saint-Germain Des-Prés. Nesta praça os grandes filósofos franceses Simone De Beavoir e Jean Paul Sartre mantinham discussões filosóficas nos café`s em torno da praça.
Mas, Paris continua assustada com o terrorismo. A todo momento se pode verificar carros da polícia com suas sirenes ligadas. Pra nossa sorte deixamos a Europa exatamente no dia em que estourou a guerra entre Israel e o grupo radical Hamas. Sabemos todos que estes grupos radicais mantém células em todo o mundo e pra mostrar que estão atuantes costumam agir de surpresa e em qualquer lugar em países como França, Itália e Espanha.
Continuando o meu Diário de Bordo, estivemos em Bruxelas (Bélgica), onde fica uma das sedes do Parlamento Europeu, e conhecida como cidade do chocolate, e em Strasburgo, cidade francesa que faz fronteira com a Alemanha. Lá predomina a arquitetura alemã e também no Natal a cidade se decora proporcionando efeitos belíssimos com a alta do inverno europeu onde a neve cai sobre as ruas. O alemão Johannes Gutenberg que desenvolveu a primeira máquina de impressão feita com tipos móveis por volta de 1439 (século XV, portanto), tem uma estátua em sua homenagem numa praça da cidade.
Conhecemos ainda no velho mundo a cidade alemã de Kehl, que fica na fronteira da França com o país germânico, a 30 quilômetros numa viagem de trem saindo de Strasburgo. Tivemos a sorte da cidade está comemorando o Oktoberfest, e aproveitamos para tomar um verdadeiro chopp alemão acompanhado de uma tábua de frios.
Lisboa foi o roteiro final de 15 dias de viagem, já com saudades do Brasil. A capital de Portugal já é nossa velha conhecida e por incrível que pareça, apesar de outono na Europa, onde já começa um friozinho como Paris, Bruxelas e Estrasburgo, Lisboa se encontra muito quente.
Em tempo: o único ponto destoante no tour europeu foi a falha do hotel em Strasburgo. Saímos para almoçar, já com o check-out feito e só pegar as nossas malas após o almoço para irmos para a estação pegar o trem de volta a Paris. As malas ficaram na recepção do hotel. No retorno ao hotel não encontraram uma das nossas malas, justamente onde estavam guardados o meu passaporte e o de Valéria, minha esposa. Dissemos que iríamos acionar o seguro e levar o caso ao Consulado brasileiro. A gerência do hotel ficou de tomar as providências e entrar em contato conosco. Na hora do trem partir, já com as portas fechadas e dando início a viagem, meu genro recebe uma ligação do hotel dizendo que a mala foi encontrada. Duas horas e meia de Strasburgo até Paris, estação de Orly. Minha filha e meu genro retornaram ao hotel em Strasburgo para resgatar a mala. Por pouco eu e minha esposa não viramos exilados na França.
Foto: Arquivo de viagem
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