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por Carlos Alberto Barbosa

O senador Rogério Marinho (PL-RN), assim como ocorreu na eleição passada para governador, anda atrás agora de um candidato pra chamar de seu na eleição vindoura para prefeito de Natal. Esta semana ele reuniu em seu apartamento em Brasília a “nata” do bolsonarismo potiguar, como o
senador Styvenson Valentim (Podemos), os deputados federais Paulinho Freire (União Brasil), General Girão e Sargento Gonçalves (PL), o comunicador Bruno Giovanni e Breno Queiroga. O grupo firmou acordo com Rogério Marinho para ter um candidato único e consensual.

Lembro que na eleição para governador Rogério Marinho depois de rifar vários nomes para ter o seu apoio e o do então presidente candidato a reeleição, Jair Bolsonaro (PL), que perdeu pra Lula (PT), decidiu apoiar o ex-vice-governador de Robinson Faria (PL), Fábio Dantas (SDD). Como Dantas não decolou nas pesquisas de intenção de voto, Marinho o deixou com o “pincel na mão” pendurado na escada. O mesmo pode acontecer com o candidato a prefeito de Natal a ter o seu apoio.

A pergunta que não quer calar: por que é que Rogério Marinho, mesmo tendo um mandato de senador assegurado, não submete o seu nome ao julgamento do eleitor natalense nas eleições municipais do próximo ano? Será medo, assim como teve receio de disputar o governo do estado contra a petista Fátima Bezerra, eleita em primeiro turno? Arrisco dizer que sim.

Apesar do eleitor natalense ser conservador, não ver com bons olhos o “Barão das Águas”, como taxou Rogério Marinho a Folha de S. Paulo em reportagem no último domingo. A matéria citou o senador potiguar, ex-ministro do Desenvolvimento Regional no governo Bolsonaro, como sendo exemplo de quem explorou a estrutura da Codevasf para se promover se colocando como “senador das águas” nas eleições do ano passado. Certamente pelo fato de Natal não depender das águas do São Francisco, o eleitor não acredita muito nas “promessas” de Rogério Marinho. Daí ele não arriscar o seu nome para veredicto do eleitor natalense no pleito do próximo ano, entre outras coisas.

Foto reproduzida do Novo Notícias