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Artigo

As vivandeiras de quartel

por Carlos Alberto Barbosa

As vivandeiras de quartel voltaram às ruas neste domingo (9) para protestar contra a indicação do ministro da Justiça, Flávio Dino,
dos “Vingadores”, grupo de heróis dos quadrinhos, filmes e TV, para o Supremo Tribunal Federal (STF).

Na plateia dos protestos, que rendeu alguns gatos pingados, observou-se muitos aposentados, talvez a maioria generais de pijama, com saudades das mamatas. O senador bolsonarista, Rogério Marinho (PL), ainda foi as redes sociais postar um vídeo com a legenda `A voz do povo na paulista “Dino não”, onde se observa claramente a presença de idosos. Aliás, quando dos acampamentos fascistas na frente dos quartéis, tinha um idoso que todos os dias, por falta do que fazer, se plantava na frente do 16 RI, em Natal, portando uma bandeira do Brasil em punho. Certamente devia ser uma vivandeira de quartel.

Fato é que o movimento fascista fracassou, um vexame assim como o vexame passado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro, na posse do seu colega de tendências pouco democráticas, Javier Milei, novo presidente da Argentina, que implorou para sair na foto oficial e foi rejeitado por chefes de Estado presentes ao evento.

As vivandeiras de quartel deveriam se aquietar e ir cuidar dos netinhos, e não ir às ruas fazer balburdia e se deixar manietar por políticos fascistas de plantão que não se conformam com a vitória de Lula, do PT, e com a democracia.

Detalhe: juntando todas as manifestações ocorridas contra Flávio Dino em algumas capitais brasileiras, inclusive Natal, com toda a certeza o Carnatal – carnaval fora de época na capital do RN – só no domingo deu mais gente, sem contar o sábado e a sexta, claro.

Em tempo: pra quem desconhece o termo “vivandeiras de quartel” foi um epíteto cunhado pelo marechal Castelo Branco — o principal líder militar do Golpe de 1964 — para designar os civis que batiam às portas dos quartéis pedindo a instauração da ditadura.

Foto reproduzida da Internet

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