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Está no g1
Câmeras corporais, obtidas com exclusividade pela TV Globo, registraram o momento em que um policial militar atirou contra dois suspeitos em uma moto e matou o aposentado Clóvis Marcondes de Souza, de 70 anos, que estava a caminho da farmácia. O crime ocorreu no Tatuapé, na Zona Leste de São Paulo, em 7 de maio.
Alguns trechos da gravação das câmeras corporais, inclusive a que registrou o momento do disparo, estão sem áudio (leia mais abaixo).
No total, quatro policiais militares da Força Tática participaram da ocorrência. O sargento Roberto Marcio de Oliveira, que ocupava o banco dianteiro da viatura, foi o responsável pelos disparos. Clóvis foi atingido na cabeça, enquanto passeava na calçada. Ele não tinha nenhuma relação com a ocorrência.
Inicialmente, a Polícia Militar alegou que o tiro foi acidental e por isso não comunicou a Polícia Civil sobre a ocorrência nem registrou o boletim de ocorrência. Entretanto, não é isso o que as imagens das câmeras corporais revelam. Especialista em segurança pública ouvido pelo g1 avalia que a abordagem tem erros procedimentais (leia mais abaixo).
A gravação inicial do episódio mostra todos os agentes no interior da viatura, em perseguição aos dois homens na motocicleta, às 16h10 na Rua Platina. Somente após dois minutos dos disparos, a equipe percebe que o aposentando foi baleado.
Confira a cronologia dos fatos:
O consultor sênior do Instituto Sou da Paz, Bruno Langeani, avalia que a abordagem tem erros procedimentais. “A viatura tem que ser estacionada atrás da moto e não fechá-la bruscamente. Os policiais desembarcam com arma no coldre e depois a retiram. Não é admitido disparo contra veículo em movimento segundo o próprio protocolo da PM”.
Para Langeani, se várias regras de protocolo foram descumpridas durante a abordagem dificilmente o disparo pode ter sido considerado acidental. Dessa forma, houve dolo eventual na ação dos policiais. Isto é, o risco de matar foi assumido ao efetuar o disparo contra um veículo em movimento.
“Na abordagem de fundada suspeita – como é este caso – eles desembarcam, sacam a arma e mantém na posição sul, que é cano apontado para baixo. Se tudo isso tivesse sido seguido, mesmo se houvesse disparo acidental (arma disparando sozinha) não haveria vítimas”, explica o consultor sênior do Instituto Sou da Paz.
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