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Está na Prensa Latina

O secretário-geral da ONU, António Guterres, apelou nesta quarta-feira (25) a uma ação decisiva contra as alterações climáticas por parte dos membros do G20, a quem pediu a descarbonização completa dos seus sistemas de geração até 2035.

Durante uma reunião do bloco, realizada pela primeira vez na sede das Nações Unidas, coincidindo com o segmento de alto nível da Assembleia Geral, Guterres reiterou um apelo aos seus membros para liderarem a transição.

“Até 2030, a produção e o consumo globais de todos os combustíveis fósseis devem diminuir em pelo menos 30% e a capacidade global de energia renovável deve triplicar”, sublinhou. 

O chefe das Nações Unidas agradeceu à presidência brasileira do G20 pela convocação desta reunião e pelo seu foco na fome no mundo, lembrando a necessidade de “intensificar os esforços para pôr fim a esta afronta à nossa humanidade comum”. 

“É vergonhoso que no nosso mundo de abundância, cerca de uma em cada dez pessoas passe regularmente um dia inteiro ou mais sem comer, o que é conhecido como insegurança alimentar grave”, lamentou.

Por sua vez, o presidente brasileiro, Luiz Inácio Lula da Silva, confirmou que o encontro é consistente com a crença fundamental de que as Nações Unidas “são e devem continuar a ser o coração do sistema multilateral”. 

O presidente Lula apelou à ação do poderoso bloco face às disparidades econômicas ao recordar que, em 2022, a diferença entre os montantes pagos pelos países do Sul aos credores estrangeiros em relação aos que receberam foi de 49 mil milhões de dólares.

“Mais dinheiro sai desses países do que entra. Os impostos sobre os super-ricos são a forma de combater a desigualdade e redirecionar recursos para prioridades de desenvolvimento e ação climática”, afirmou o chefe de Estado brasileiro.

Foto reproduzida da Internet