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A indústria brasileira liderou a geração de empregos formais em janeiro de 2025, com um saldo positivo de 70.428 novas vagas com carteira assinada, das quais 49,8 mil foram preenchidas por jovens de até 24 anos. O setor industrial foi responsável por 51,3% dos 137.303 empregos criados no período, conforme dados do Novo Caged divulgados nesta quarta-feira (26) pelo Ministério do Trabalho e Emprego. “São empregos de melhor qualidade, formais e com melhor remuneração”, disse o ministro Luiz Marinho, em entrevista à TV 247 na noite de terça-feira (26).

A notícia também foi comemorada pelo vice-presidente Geraldo Alckmin. “Mais da metade dos empregos em janeiro, no Brasil, foi gerada pela indústria. Uma ótima notícia, que mostra que o setor está fazendo a diferença na vida das pessoas e que estamos adotando as políticas corretas. Além de contratar mais, a indústria está dando oportunidades aos jovens, gerando renda e melhorando a qualidade de vida de suas famílias”, afirmou o vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin.

Crescimento industrial e impacto no emprego

O bom desempenho na criação de vagas reflete a retomada da indústria em 2024, quando a produção industrial brasileira cresceu 3,1%, alcançando o terceiro melhor resultado dos últimos 15 anos, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A indústria de transformação, em particular, teve um crescimento de 3,7%, impulsionada pelo avanço de 9,1% no setor de bens de capital, 3,5% no segmento de bens de consumo e 10,6% na produção de bens de consumo duráveis.

O governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva tem implementado políticas de incentivo ao setor industrial, como a Nova Indústria Brasil (NIB), lançada em janeiro de 2024. A iniciativa prevê R$ 1,2 trilhão em investimentos públicos, incluindo recursos do Plano Mais Produção (P+P), do Mover e de programas alinhados como o Novo PAC e o Plano de Transformação Ecológica. Somando os investimentos privados anunciados pelo setor produtivo, os aportes totais chegam a R$ 3,4 trilhões, abrangendo áreas como agroindústria, setor automotivo, bioeconomia, energia renovável, construção civil, indústria da saúde, papel e celulose, siderurgia e defesa.

Perfil das contratações e distribuição regional

Os dados do Novo Caged também revelam um aumento expressivo na contratação de jovens: trabalhadores de até 24 anos ocuparam 124,4 mil (87,7%) das novas vagas criadas em janeiro. Na indústria, esse grupo foi responsável por 70,8% do total de novos postos.

Além do setor industrial, outros segmentos também registraram crescimento na geração de empregos, com destaque para Serviços (+45.165 vagas), Construção Civil (+38.373) e Agropecuária (+35.754). Entre as 27 unidades da federação, 17 apresentaram saldo positivo de empregos. Os estados que mais criaram postos de trabalho foram São Paulo (+36.125 postos, +0,25%), Rio Grande do Sul (+26.732, +0,94%) e Santa Catarina (+23.062, +0,90%). Em contrapartida, os menores saldos foram registrados no Pará (-2.203), Pernambuco (-5.230) e Rio de Janeiro (-12.960).

O desempenho da indústria na geração de empregos reforça a importância das políticas de incentivo ao setor, evidenciando um movimento de recuperação econômica e fortalecimento da produção nacional. Com investimentos robustos e uma demanda crescente por mão de obra qualificada, a tendência é que o mercado de trabalho continue em expansão ao longo de 2025.