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Está no Brasil 247
Em editorial contundente, Global Times afirma que Pequim “lutará pela justiça” e que tarifas unilaterais violam normas do comércio internacional. A China reafirmou que não cederá à escalada de pressões tarifárias impostas pelo presidente dos EUA, Donald Trump, e classificou as medidas como “chantagem política envolta no manto de meios econômicos”.
“O governo dos EUA, sob o pretexto de ‘reciprocidade’, anunciou aumentos de tarifas em todos os seus parceiros comerciais, incluindo a China, provocando indignação generalizada na comunidade internacional”, inicia o texto, que representa uma resposta institucional de Pequim à ofensiva tarifária norte-americana. Segundo o editorial, as ações de Washington não passam de uma “ferramenta de pressão extrema” usada para “perseguir interesses egoístas”.
A publicação condena o uso reiterado de tarifas como estratégia unilateral por parte dos EUA, acusando o governo Trump de violar “descaradamente as regras básicas da Organização Mundial do Comércio”. “A chantagem tarifária não intimidará a China, nem prejudicará a justiça”, afirma o Global Times. “Pressionar e ameaçar não é a maneira certa de lidar com a China.”
O texto também destaca que a postura chinesa não é uma provocação, mas defesa de princípios. “A China não provoca problemas, nem é intimidada por problemas”, diz o editorial, que enaltece a resiliência histórica do país e sua capacidade de resistir à pressão externa. “Olhar para a história mostra que a China se manteve firme mesmo em tempos de pobreza e fraqueza — muito menos cederá à hegemonia hoje.”
Além de rejeitar a lógica protecionista dos EUA, o editorial enfatiza o fortalecimento estrutural da economia chinesa, mencionando avanços em autonomia tecnológica, fortalecimento do mercado interno e diversificação de parcerias comerciais. Citando análise da Bloomberg, o Global Times afirma que “a China já tornou sua economia à prova de guerra comercial”.
O texto também alerta para os impactos globais da política tarifária norte-americana, que atingiria mais de 180 países, inclusive nações em desenvolvimento e com grande dependência de exportações. “As contramedidas decisivas da China contra as práticas errôneas dos EUA não apenas defendem seus próprios interesses, mas também defendem ativamente um sistema de comércio mundial justo e livre”, argumenta o editorial.
Em meio à escalada, o jornal destaca que a China tem respondido com “razão, força e contenção”, confiando no próprio desenvolvimento e comprometida com a construção de uma “comunidade com um futuro compartilhado para a humanidade”.
Ao comentar os efeitos internos das tarifas, o editorial admite que o impacto será sentido, mas justifica a decisão de responder com contramedidas como uma “decisão difícil, mas correta”, respaldada pela força econômica e pela ampla rede de cooperação internacional da China.
O texto também traz uma crítica implícita à falta de consenso interno nos EUA sobre as medidas. Após o anúncio das tarifas por Trump, o governador da Califórnia, Gavin Newsom, declarou que “a Califórnia não é Washington” e que buscará relações comerciais próprias com parceiros internacionais. Para o Global Times, essa reação confirma que “o sistema de comércio global possui uma vitalidade robusta que não pode ser abalada por decisões políticas desprovidas de lógica”.
O editorial encerra com um apelo direto a Washington: “Pedimos que pare imediatamente as medidas tarifárias unilaterais e resolva as diferenças comerciais de maneira igualitária, respeitosa e recíproca”. Ao mesmo tempo, a China reafirma que seguirá firme “do lado certo da história” e comprometida com o progresso coletivo da humanidade.
Foto reproduzida da Internet
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