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Está no g1
O frade dominicano Frei Betto falou à Globo News sobre o legado e a sucessão do papa Francisco, que morreu nesta segunda-feira (21).
Para ele, Francisco governou uma Igreja “com a cabeça progressista, mas um pouco conservadora”, precedido por 34 anos dos pontificados conservadores de João Paulo II e Bento XVI.
“Então, hoje em dia, a safra que temos hoje de sacerdotes, cardeais e bispos, tende a ser de centro à direita. De uma tendência de moderados a conservadores”, analisou.
“Aqueles progressistas que tanto se destacaram nos anos 60, 70, até 80… aqui no Brasil tivemos muitos, como Dom Helder Câmara, Dom Pedro Casaldáliga, Dom Paulo Evaristo Arns e tantos outros, essa safra praticamente já não existe”.
O frade acrescentou que foi recebido duas vezes pelo papa Francisco e eles eram “muito amigos”.
“Peço a Deus que nos dê um padre que possa dar continuidade à linha dele”, completou.
`Nenhum chefe de Estado na Europa era tão respeitado´
Para o frade, Francisco fez uma “opção radical pelos mais pobres, marginalizados e vulneráveis”, defendendo os imigrantes e o meio ambiente.
“[Francisco] se tornou na Europa, talvez em todo o mundo, a figura mais proeminente em defesa dos direitos humanos. Nenhum chefe de Estado na Europa era uma figura tão respeitada quanto Francisco”, avaliou.
Frei Betto também afirmou que Francisco aproximou religiões, criando diálogo entre o papa de Roma e o líder da igreja ortodoxa. Para ele, a postura conciliadora do papa se manteve até o final.
“O papa discordava totalmente dessa atual política das grandes nações, de buscar a paz pelo equilíbrio de armas, e retomava o que o profeta Isaías proclamou 700 anos antes de Cristo: a paz só virá como filha da justiça”.
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