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Está no Brasil 247
Ao discursar nesta terça-feira (13), na sessão de abertura do IV Fórum da Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos (CELAC), realizado em Pequim, na China, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva ressaltou a importância da integração da China com os países sul-americanos e caribenhos para o desenvolvimento da região, informa a agência de notícias do Governo Federal. “Isso fica evidente sobretudo na área de infraestrutura. O apoio chinês é decisivo para tirar do papel rodovias, ferrovias, portos e linhas de transmissão. Mas a viabilidade econômica desses projetos depende da capacidade de coordenação de nossos países para conferir a essas iniciativas escala regional”, destacou o presidente brasileiro.
“O Fórum CELAC-China comemora seu décimo aniversário este ano. Ao longo dessa década, os laços entre a América Latina e o Caribe e a China se fortaleceram. A China já é o segundo maior parceiro comercial da CELAC e um dos mais importantes investidores diretos na região. Recursos oriundos de instituições financeiras chinesas superam créditos oferecidos pelo Banco Mundial ou pelo BID. A parceria com a China é um elemento dinâmico para a economia regional”, frisou Lula.
A revolução digital não pode criar um novo abismo tecnológico entre as nações. O desenvolvimento da Inteligência Artificial não deve ser um privilégio de poucos
Lula lembrou ainda o papel que a China teve no crescimento da América do Sul e do Caribe, além da importante participação do país no desenvolvimento de vacinas e insumos durante a pandemia da Covid-19. Para ele, reforçar a articulação entre todos esses atores permitirá a todos aproveitar na plenitude o potencial dessa relação. “A demanda chinesa foi um dos propulsores do crescimento que experimentamos no início do século. Obtivemos avanços expressivos na redução da pobreza e da desigualdade. Foi nesse momento que finalmente olhamos para nosso entorno e nos unimos para criar a UNASUL e a CELAC. Só com maior articulação entre nós conseguiremos aproveitar ao máximo o potencial de cooperação sino-latino-americana e caribenha”, afirmou Lula.
Fortalecimento da indústria
O líder do Brasil também ressaltou que a relação entre a CELAC e a China deve resultar em um fortalecimento das indústrias nos países sul-americanos e caribenhos, inclusive no campo da Inteligência Artificial. “Para construir um futuro compartilhado, é necessário reduzir as assimetrias entre os países. É imprescindível que a colaboração entre a CELAC e a China contribua para fortalecer a indústria e a inovação na região. A revolução digital não pode criar um novo abismo tecnológico entre as nações. O desenvolvimento da Inteligência Artificial não deve ser um privilégio de poucos”, disse.
COP30 na Amazônia
Ao abordar o tema das mudanças climáticas, Lula reforçou que a união entre os atores envolvidos no IV Fórum CELAC-China pode mandar uma mensagem muito clara para o planeta no que diz respeito a um modelo que alie crescimento e preservação do meio ambiente. “A América Latina e o Caribe e a China podem mostrar ao mundo que é possível conter a mudança do clima sem abdicar do crescimento econômico e da justiça social. A COP30, na Amazônia, no estado do Pará, na cidade de Belém, no coração da Amazônia, almeja ser um ponto de virada na implementação dos compromissos climáticos, estabelecendo a confiança em soluções coletivas”, previu.
Governança e Multilateralismo
O presidente do Brasil voltou a defender o papel do multilateralismo e disse que a América Latina e o Caribe podem ajudar a estabelecer um novo marco na história da Organização das Nações Unidas, momento em que foi aplaudido durante seu discurso. “A solução para a crise do multilateralismo não é abandoná-lo, mas sim aperfeiçoá-lo. A América Latina e o Caribe podem contribuir elegendo a primeira mulher Secretária-Geral da ONU e honrando, assim, o legado da Conferência de Pequim sobre os direitos das mulheres”, defendeu Lula. “A governança global já não espelha a diversidade que habita a Terra. Esse anacronismo tem impedido que se cumpra o propósito de evitar o flagelo da guerra, inscrito na Carta das Nações Unidas.”
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