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Artigo

Policial golpista que queria `matar meio mundo´ e manter Bolsonaro no poder foi escalado para segurança de Lula na transição

por Joaquim de Carvalho, no Brasil 247

O agente da Polícia Federal que falou em áudio que havia um plano para “matar meio mundo de gente”, Wladimir Soares, atuou na segurança de Lula durante o governo de transição, entre novembro e dezembro de 2022.

O áudio, divulgado nesta quinta-feira, confirma a necessidade de uma investigação profunda para saber quem autorizou sua participação na segurança do então presidente eleito. 

Outro áudio, do coronel Mauro Cid, ajudante de ordens de Jair Bolsonaro, dá conta de que ele sabia que havia pessoas de confiança de Bolsonaro infiltrado na equipe de transição de Lula. 

Wladimir Soares disse que ele foi escalado pela Polícia Federal para essa função. Quem o escalou? Esta é uma pergunta que deve ser respondida. 

Wladimir diz no áudio vazado agora que recebeu convite para permanecer na segurança do presidente depois da posse.

Essa declaração pode ser bravata dele, mas uma investigação é necessária, porque, na época, já era pública sua tendência bolsonarista.

“Trabalhei com o Lula em 2003 como candidato (na verdade, 2002). Trabalhei com a Dilma como candidata. (…) Trabalhei com o Bolsonaro também. De todos, (Bolsonaro) foi o melhor. Não é porque é o presidente Jair Messias Bolsonaro (…) É porque ele é diferente”, declarou ao programa Diário de Honra, de João Chaves.

Sobre Dilma, ele disse: “É uma mulher muito ignorante, muito grossa”, Falando de Dilma e Lula, afirmou: “Eles eram muito ruins de trabalhar, muito mal educados, a realidade é essa.”

Wladimir Soares fala muito bem de Bolsonaro e revela sua preferência política: “Eu espero que ele se reeleja mesmo”.

A entrevista foi no final de maio de 2022. Quem escalou o policial para trabalhar na segurança de Lula, seis meses depois, não sabia disso? Difícil acreditar.

Agora se sabe que, além de passar informações sobre a rotina de Lula para os militares golpistas, Wladimir Soares se articulava com os chamados “kids pretos”, das Forças Especiais do Exército, para prender Alexandre de Moraes, e impedir a posse de Lula e de Geraldo Alckmin, com um plano que previa a eliminação física deles.

Foto reproduzida da Internet

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