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por Emir Sader, no Brasil 247
A reeleição do Lula é importante, em primeiro lugar, para evitar a possibilidade de retorno da direita à presidência do Brasil. Pelas pesquisas, Lula derrotaria a todos os possíveis adversários, mesmo se não está claro quem será o candidato da direita.
O Lula 3 se enfrentou, pela primeira vez, à circunstância de ter que governar sem maioria no Congresso. Tendo que negociar cada iniciativa, que fazer aliança com setores do centro, incluindo a incorporação de membros desse setor ao governo.
Foi possível realizar um governo frontalmente anti-neoliberal, centrado na prioridade das políticas sociais e no fortalecimento do Estado. Avançou uma reforma tributária em que quem ganha mais paga mais e um amplo setor da população deixa de pagar imposto de renda.
Outras iniciativas ficam pendentes, dependendo de negociações com o Congresso. Ao mesmo tempo, o governo enfrentou, como sempre, os meios de comunicação, como principal partido da oposição.
Um dos maiores desafios de um novo governo do Lula é o da eleição de um Congresso com maioria – desafio muito difícil. Talvez seja eleito um Congresso menos ruim que o atual, mas dificilmente Lula poderá governar de novo com maioria parlamentar.
Outro desafio se dá no plano econômico. Apesar do conjunto de políticas sociais que o governo implementa, conseguindo diminuir as desigualdades sociais e regionais e os processos de exclusão social, chegando ao pleno emprego, não foi suficiente para deslocar o capital especulativo como eixo da economia.
Esse é o principal desafio a enfrentar. Como passar do antineoliberalismo ao pós-neoliberalismo, isto é, da estrutura econômica que ainda tem seu centro no capital especulativo, a uma centrada no desenvolvimento econômico.
A inflação, como fenômeno real, mas também como fenômeno psicológico, que gera inseguranças na população, cujos aspectos são explorados fortemente pelos meios de comunicação, é um desafio complexo. A elevação da taxa de juros – expressa por um presidente do Banco Central que destoa das orientações gerais do governo – defende o governo do fantasma da inflação. Mas, ao mesmo tempo, representa um obstáculo para a retomada sustentável do crescimento econômico.
Um dos maiores desafios de um novo governo do Lula é o da eleição de um Congresso com maioria – desafio muito difícil. Talvez seja eleito um Congresso menos ruim que o atual, mas dificilmente Lula poderá governar de novo com maioria parlamentar.
Outro desafio se dá no plano econômico. Apesar do conjunto de políticas sociais que o governo implementa, conseguindo diminuir as desigualdades sociais e regionais e os processos de exclusão social, chegando ao pleno emprego, não foi suficiente para deslocar o capital especulativo como eixo da economia.
Esse é o principal desafio a enfrentar. Como passar do antineoliberalismo ao pós-neoliberalismo, isto é, da estrutura econômica que ainda tem seu centro no capital especulativo, a uma centrada no desenvolvimento econômico.
A inflação, como fenômeno real, mas também como fenômeno psicológico, que gera inseguranças na população, cujos aspectos são explorados fortemente pelos meios de comunicação, é um desafio complexo. A elevação da taxa de juros – expressa por um presidente do Banco Central que destoa das orientações gerais do governo – defende o governo do fantasma da inflação. Mas, ao mesmo tempo, representa um obstáculo para a retomada sustentável do crescimento econômico.
*Emir Sader é colunista do 247, e um dos principais sociólogos e cientistas políticos brasileiros
Foto reproduzida da Internet
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