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Está no g1
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, protagonizaram, entre domingo (6) e segunda-feira (7), uma troca de farpas em meio à cúpula do Brics, realizada no Rio de Janeiro.
Os Estados Unidos não fazem parte do Brics, que reúne, entre outros, Brasil, China, Rússia e Índia. O grupo é visto como uma parceria dos países emergentes para reformar organismos internacionais e buscar protagonismo. Trump tem visto nisso uma ameaça ao poderio americano.
Trump usou sua rede social, a Truth Social, para defender Jair Bolsonaro, criticar o sistema judicial brasileiro e anunciar tarifas de 10% contra “qualquer país que se alinhar a políticas antiamericanas do Brics”. Lula respondeu, sem citar nomes, afirmando que o Brasil não aceita “interferência ou tutela de quem quer que seja”.
O que Trump disse
O presidente norte-americano disse que Bolsonaro sofre “perseguição” no Brasil e que “não é culpado de nada”;
Prometeu acompanhar o caso de perto;
Afirmou que vai impor tarifas de 10% a países alinhados ao Brics, sem definir o que considera “políticas antiamericanas”;
Informou que os acordos começarão a ser renegociados até 1º de agosto e que países ainda podem evitar o tarifaço anunciado em abril.
A resposta de Lula
Sem citar Trump, Lula afirmou em rede social:
“A defesa da democracia no Brasil é um tema que compete aos brasileiros. […] Não aceitamos interferência ou tutela de quem quer que seja.”
Durante entrevista na cúpula, afirmou:
“Que deem palpite na sua vida e não na nossa.”
Bolsonaro é réu por tentativa de golpe
O ex-presidente Jair Bolsonaro é réu no Supremo Tribunal Federal por tentativa de golpe de Estado após a derrota nas eleições de 2022. Também foi declarado inelegível pelo TSE por abuso de poder e uso indevido da máquina pública em 2023.
Mais de 490 pessoas já foram condenadas por participação nos atos de 8 de janeiro de 2023. A fase de alegações finais da ação penal contra o núcleo político da trama golpista está em andamento no STF.
Reações do governo e do STF
A ministra Gleisi Hoffmann (Relações Institucionais) criticou Trump:
“O tempo em que o Brasil foi subserviente aos EUA foi o tempo de Bolsonaro.”
O advogado-geral da União, Jorge Messias, reforçou:
“A soberania brasileira não se negocia.”
Ministros do STF afirmaram que não responderão diretamente a Trump para não alimentar polêmica. Um deles classificou as falas como “risíveis” e disse que o Judiciário brasileiro funciona melhor que o dos EUA.
Trump x Brics
A nova ofensiva de Trump veio após a divulgação da “Declaração do Rio de Janeiro” pelo Brics. O documento:
Reações internacionais
China: Disse que “usar tarifas para coagir países não serve a ninguém”.
Rússia: “O Brics nunca foi dirigido contra terceiros.”
África do Sul: Defendeu o bloco como promotor de “uma ordem global mais equilibrada”.
Imagens: Carta Capital
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