E-book

Baú de um Repórter

O blog cria um novo espaço pra relembrar causos e editoriais, clique aqui para acessar o e-book.

Política

Fala de Trump sobre Bolsonaro dá a Lula chance de disputar o tema patriotismo

Está no Blog do Octavio Guedes

postagem do presidente dos Estados Unidos Donald Trump a favor de Jair Bolsonaro (PL) animou, como não poderia deixar de ser, a ultradireita brasileira. Afinal, é o presidente da maior potência mundial endossando o discurso de perseguição ao ex-presidente brasileiro.

Mas como em toda disputa política, há sempre o outro lado da moeda. A manifestação de Trump dá à esquerda brasileira a chance de disputar um dos temas do bolsonarismo: o patriotismo.

A pátria é uma das bandeiras que Bolsonaro capturou do integralismo, que nada mais é que fascismo brasileiro. Completam o lema desse movimento as palavras Deus e família, cujos valores também são disputados pelos dois campos políticos. Dos três, o patriotismo é a bandeira da qual a esquerda, historicamente, sempre tem mais dificuldade de se apropriar.

Com o bolsonarismo alinhando-se ao trumpismo, Lula (PT) ganha o discurso de que, ao contrário dos adversários, está defendendo os interesses nacionais – a pátria. Pesquisas mostram que os eleitores brasileiros não são simpáticos a Trump, em especial por conta da guerra tarifária.

Não será difícil para Lula ou outro candidato da esquerda cobrar de Tarcísio de Freitas (Republicanos), caso venha disputar a presidência, o gesto de vestir o boné do Maga – sigla de Make America Great Again, slogan de Trump que significa Torne a América Grande de Novo –, sendo que a indústria do estado que ele governa pode ser a mais prejudicada pelas tarifas do presidente republicano.

Enfim, a esquerda brasileira que desde a década de 1930 convive com a máxima dos adversários de que “nossa bandeira nunca será vermelha” agora tem a chance de rebater: “nem vermelha, nem azul, nem branca”.

Mas, para isso, terá que falar a língua do povo, o que o bolsonarismo faz com maior eficiência nas redes sociais. No tuíte em que rebateu Trump, Lula fala em soberania e não em pátria ou patriotismo: recorreu às palavras soberania, tutela, instituições sólidas e estado de direito.

A elite entendeu.

Foto reproduzida da Internet


Compartilhe:

Deixe uma resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *