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Artigo

Nem trogloditas da ditadura militar superaram bolsonaristas em termos de traição ao Brasil

por Bepe Damasceno, no Brasil 2487

Bolsonaro talvez seja o único dos cerca de 8 bilhões de habitantes do planeta Terra que não possui uma reles virtude como ser humano. E o movimento político de natureza fascista que segue sua liderança, o bolsonarismo, não encontra paralelo na história do nosso país em termos de entreguismo, sabotagem e traição ao Brasil.

Quando parlamentares do PL, em plena Câmara dos Deputados, abrem uma faixa de apoio a Trump, eles apenas reafirmam a que tipo de interesse servem. Em defesa da impunidade do ex-presidente, não hesitam em se somar a um mandatário de outro país para prejudicar todo o Brasil.Play Video

O militares que rasgaram a Constituição, em 1964, apearam do governo um presidente com legitimidade democrática e submeteram o país a uma longa noite de horrores que durou 21 anos, com tortura, assassinatos, prisões, banimentos, censura, cassações, demissões sumárias do serviço público e perseguições de toda ordem, ao menos tinham um rascunho de projeto de país.

Vamos lembrar que o regime dos generais integrou o Brasil através do investimento em telecomunicações e rompeu, no governo Geisel, o acordo militar que tinha com os americanos, aderindo à cooperação com a Alemanha, inclusive com a transferência de tecnologia nuclear, algo impensável de acontecer em governos da extrema-direita nativa dos dias atuais

No momento em que o governo federal e o setor produtivo atuam em defesa das nossas empresas e dos empregos dos trabalhadores, em um esforço concentrado para reverter a aplicação do tarifaço de 50% sobre as exportações brasileiras determinado por Trump, Eduardo Bolsonaro, em nome do pai, dobra a aposta no crime de lesa pátria, militando nos EUA contra a soberania brasileira. 

Longe de ser um caso isolado, esse episódio é um retrato em preto e branco do nível  a que pode descer o bolsonarismo. O que esperar de gente que bate continência para bandeira dos Estados Unidos e que reverencia Israel, aplaudido o genocídio sionista de mulheres e crianças?

Noves fora os que seguem a liderança de Bolsonaro por pura falta de informação e ignorância, ou cegos pelo fundamentalismo religioso, todos os que o fazem de cabeça pensada são tão imundos quanto seu chefe.

Não existe esta conversa fiada de “bolsonarista que come de garfo e faca”, ou “bolsonarista que usa sapatênis”. 

Aliás, os estudiosos do futuro terão um enorme trabalho para entender os motivos que levaram uma quantidade expressiva de pessoas a apoiar Bolsonaro. Na sua passagem pela presidência da República, ele foi incapaz de uma medida sequer que beneficiasse a grande massa de pobres e trabalhadores do país e tampouco a classe média.

Durante quatro anos, investiu contra a ciência, sabotou a saúde pública, a ponto de 700 mil pessoas terem morrido de covid, acabou com os ministérios do Trabalho, das Mulheres e da Cultura, congelou o salário mínimo, incentivou a bandidagem de madeireiros e garimpeiros, destruiu um sem número de programas sociais e arrombou as contas públicas despejando R$ 500 bilhões em benefícios oportunistas para tentar se reeleger.

No fim, arquitetou um golpe de estado para continuar no poder depois de derrotado nas eleições, planejando inclusive o assassinato de autoridades da República. 

O pior presidente da história também se mostrou inimigo figadal do batente, com uma agenda que consumia apenas três, quatro horas de seu dia. Isso quando tinha agenda.

Bem sei que o fenômeno da ascensão do obscurantismo não é exclusividade brasileira e atinge muitos países, em todos os continentes. Contudo, uma conclusão é inescapável: só em uma sociedade doente uma figura repugnante como Bolsonaro pode ter proeminência. 

*Bepe Damasceno é jornalista, editor do Blog do Bepe

Foto reproduzida da Internet

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