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Coletânea de Causos

Que causos são esses, Barbosa?

Incentivado por amigos resolvi escrever também causos particulares vivenciados ao longo dos anos. Alguns relatos são hilários, e dignos de levar ao programa Que História é Essa, Porchat. Seguem os causos em forma de coletânea.

Política

Em julgamento histórico, o Brasil vira a página do golpismo e manda Bolsonaro para a prisão, diz editorial do Brasil 247

Impossível exagerar a transcendência histórica e política, nacional e internacional, da decisão de condenação à prisão de Jair Bolsonaro e vários outros integrantes do núcleo crucial da tentativa de golpe de 8 de janeiro de 2023, dentre os quais três generais de quatro estrelas e um almirante de esquadra, ex-comandante da Marinha.

Para o Brasil, o veredito sinaliza uma página definitivamente virada-ao menos desta vez–no envolvimento das Forças Armadas com o golpismo jamais punido em nada menos que onze intervenções anteriores sobre o processo político brasileiro. A mais notória delas foi a nefasta ditadura militar implantada em 1964 e que perdurou até 1985.

Desta vez, o golpe foi punido, com destaque especial para a pena de prisão por 27 anos para o ex-presidente Jair Messias Bolsonaro. Este foi condenado também como líder máximo da organização criminosa que tramou por dois anos, ao menos, a derrubada violenta do Estado democrático de direito para impedir a eleição e posse de Lula.

A condenação de Bolsonaro e seus asseclas foi um marco histórico. O veredito ressoa para além dos limites de uma mera sentença. Por seus impactos, equivale à constituição de um novo Estado.

Tomada sob imensas pressões e ameaças, internas e internacionais, a decisão trouxe em si quantidade inaudita de significados. 

Fundou uma soberania nunca antes tão obrigada a se explicitar. Foi a arrogância das investidas de Donald Trump, por ameaças e sanções, que impôs ao Brasil, pela Justiça, que mostrasse afinal a sua cara. O STF, e o Brasil portanto, não se dobrou ao açoite da maior superpotência do planeta. Isso instaura no plano da chamada questão nacional as bases para um outro país. Se o Brasil é capaz de afirmar seu terreno no tema da soberania judicial, sendo assim exemplo para o mundo, o que o impede de fazer o mesmo na economia, na tecnologia e na infraestrutura, por exemplo?

O julgamento virou a página também no tema essencial de encerrar, ao menos neste episódio, a tutela militar sobre as instituições do país. Espera-se que essa ruptura seja para sempre, mas foi dado um passo essencial ao condenar altos oficiais generais. O feito se deu num tribunal civil sem que haja desta vez, enfim, sinal de qualquer insubordinação das Forças Armadas.

A figura execrável de Jair Bolsonaro defendia os torturadores tornados célebres como a marca do golpe de 1964. Bolsonaro representava a continuidade e a defesa daquele golpe. Buscava reencenar aquele pesadelo. Sua índole cruel, seu espírito de provocação frente ao suplício dos impotentes na ditadura, mostrou-se igualmente mórbido na indiferença e nos acessos de gozo diante da dor das vítimas da Covid-19.

O 11 de setembro, data tão significativa, pelo golpe contra o governo de Salvador Allende no Chile em 1973, e o do ataque às Torres Gêmeas em Nova Iorque em 2001, entra para a história também no Brasil como o dia em que o sacrifício de tantas gerações por um país mais democrático, livre e autônomo, afinal, obteve sucesso transformador.

Foto reproduzida da Internet

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