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Incentivado por amigos resolvi escrever também causos particulares vivenciados ao longo dos anos. Alguns relatos são hilários, e dignos de levar ao programa Que História é Essa, Porchat. Seguem os causos em forma de coletânea.
por Chico Vigilante, no Brasil 247
A recente derrubada, pela Câmara dos Deputados, da Medida Provisória que buscava recompor receitas do governo federal não é um mero revés político. É a fotografia nítida de um projeto de país. De um lado, um governo eleito que busca garantir recursos para não estrangular serviços públicos e manter o equilíbrio fiscal. Do outro, a aliança espúria entre o chamado Centrão, a oposição irresponsável e os representantes dos especuladores financeiros, que mostraram, mais uma vez, que seu compromisso não é com a nação, mas com os lucros abusivos de uma minoria privilegiada. Esta não é uma derrota apenas do Planalto. É uma afronta direta ao povo brasileiro.
A articulação comandada por figuras como Ciro Nogueira (PP) e Valdemar Costa Neto, com a conivência silenciosa do governador Tarcísio de Freitas, revela a verdadeira face daqueles que sempre usaram o Estado como moeda de troca. Eles agem como um sindicato da elite predatória, cujo único objetivo é blindar os setores que lucram horrores com a desgraça alheia.
Enquanto o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, busca alternativas para fechar as contas, esses grupos trabalham ativamente para inviabilizar qualquer política que onere os mais ricos. A justificativa de sempre é o “corte de gastos”, um mantra neoliberal que sabemos muito bem o que significa: mais austeridade para os de baixo e mais benesses para os de cima.
É revoltante ouvir os defensores do mercado pregarem controle de despesas quando, na verdade, seu alvo são os programas que sustentam a vida dos mais vulneráveis. Quando falam em “cortar gastos”, eles miram o Benefício de Prestação Continuada (BPC), aquele que assegura um mínimo de dignidade ao idoso e à pessoa com deficiência em situação de miserabilidade. Eles miram as aposentadorias, dificultando o acesso a um direito conquistado com suor por uma vida de trabalho. Eles miram o auxílio às mulheres chefes de família. Não se ouve, contudo, uma única palavra sobre cortar os privilégios seculares do sistema financeiro, um dos mais lucrativos do mundo.
A hipocrisia atinge seu ápice quando observamos o tratamento dado aos bancos digitais, as famosas fintechs. O próprio presidente Lula destacou a necessidade de que essas instituições “paguem os impostos devidos”. É um absurdo que conglomerados financeiros digitais, que hoje movimentam volumes estratosféricos e têm lucros maiores que os dos bancos tradicionais, usem brechas regulatórias para sonegar sua justa contribuição aos cofres públicos. Enquanto o cidadão comum paga imposto até no pão de cada dia, essas fintechs são protegidas por um congresso que legisla em causa própria e a favor de seus financiadores de campanha.
Esta manobra do Centrão, disfarçada de “preocupação fiscal”, é, na realidade, uma vingança política e uma tentativa cínica de antecipar as eleições de 2026. Eles acreditam que, ao asfixiar financeiramente o governo Lula, poderão colher frutos eleitorais. Estão profundamente enganados. O povo brasileiro, que já sofreu tanto com as políticas de austeridade do governo passado, está cada vez mais atento. O estrago que causam não mancha a imagem do governo; mancha a deles próprios, pois a população começa a enxergar com clareza quem são os verdadeiros inimigos da classe trabalhadora.
Cabe a nós, parlamentares comprometidos com a causa pública, amplificar esta voz. Devemos denunciar incansavelmente cada manobra que vise proteger os lucros de bilionários às custas do suor do povo. A derrubada da MP não é o fim, mas o recomeço de uma luta ainda mais determinada. O governo certamente se recompõe, e nós, na trincheira do legislativo distrital e nacional, seguiremos vigilantes, pois nossa missão é, e sempre será, defender os interesses da maioria trabalhadora deste país.
*Chico Vigilante é deputado distrital e presidente da Comissão de Defesa do Consumidor da Câmara Legislativa do DF
Foto reproduzida da Internet
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