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Coletânea de Causos
Incentivado por amigos resolvi escrever também causos particulares vivenciados ao longo dos anos. Alguns relatos são hilários, e dignos de levar ao programa Que História é Essa, Porchat. Seguem os causos em forma de coletânea.
Eu era editor de Política do JH Primeira Edição, jornal co-irmão de O Jornal de Hoje. O JH, como é conhecido pelos leitores circula pela manhã e O Jornal de Hoje a tarde. São duas redações distintas. No sábado o JH que não circula no domingo, mas na segunda-feira, edita todo o seu material à tarde, enquanto o seu co-irmão pela manhã. O ex-governador e ex-ministro de Estado Aluizio Alves se encontrava enfermo e internado no Hospital São Lucas, em Natal. Com 84 anos, seu estado de saúde merecia cuidados. Era exatamente um sábado. As informações da equipe médica que cuidava de Aluizio, já pela manhã, era de que o quadro de saúde do ex-ministro se agravara. Fui então para o hospital por volta das 11h a procura de informações mais detalhadas. Quando lá cheguei encontrei o colega Ricardo Rosado e ele me falou da gravidade do estado de saúde de Aluizio Alves. Percebi um clima tenso. Familiares, amigos e a imprensa se aglomeravam no saguão do hospital à procura também de notícias. Vamos ao fato:
O dia em que Aluizio faleceu
Normalmente chegava na redação do JH no sábado por volta das 15h, um pouco mais tarde do que o de costume. Nesse dia como havia uma expectativa muito grande em relação ao quadro de saúde de Aluizio Alves, que se encontrava na UTI, liguei para Edilson Braga, então editor geral do jornal que ainda estava em casa e falei pra ele da situação. Combinamos então que eu aguardasse o desenrolar do quadro no hoispital. Isso era por volta das 13h. Às 15h houve uma correria de familiares para a porta que dá acesso a UTI. Não demorou muito familares do ex-ministro retornam para o saguão do São Lucas chorando. Os médicos tinham acabado de comunicar o falecimento de Aluizio Alves por falência múltipla dos órgãos.
Que fiz eu. Liguei imediatamente para Braga e acertamos que não íriamos trabalhar naquele sábado. Convocaríamos os repórteres para a cobertura do sepultamento do ex-ministro que ocorreria no domingo e fecharíamos o jornal da segunda nesse dia. Tudo acertado ligo para a redação e falo com Thaísa Galvão, editora geral de O Jornal de Hoje e passo a informação da morte de Aluízio. Ela disse que já tinha conhecimento, mas como eu estava no hospital poderia passar maiores detalhes. O jornal que circularia no final da tarde do sábado ainda não havia fechado à espera de mais informações sobre o estado de saúde de Aluizio. Disse a Thaísa que a equipe médica que cuidara do ex-ministro iria dar uma coletiva e que passaria mais informações depois.
A equipe médica que acompanhou o ex-ministro Aluízio Alves durante as 72 horas de internação na Casa de Saúde São Lucas foi formada por Ricardo Bittencourt, Miguel Angel Sicolo, Sérgio Peçanha, Andrei Medeiros e Djacir Dantas e às 16h deram uma coletiva para a imprensa. De acordo com o chefe da equipe, Dr. Ricardo Bitencourt a parada respiratória provocou, de fato, uma lesão cerebral. Tudo isso veio a desencadear o quadro de falência múltipla dos órgãos. Disse ele que por volta das 10 horas, já tinha informado à família da gravidade do quadro. Uma falência múltipla dos órgãos, na idade dele, tornava o quadro praticamente irreversível. Liguei novamente para Thaísa e passei todas as informações obtidas na coletiva. Já no sábado à noite O Jornal de Hoje dava como manchete a morte de Aluizio Alves.
Obs do Blog: Quem quiser conhecer outras memórias do baú de um repórter é só ir em BUSCA na coluna à direita do blog e digitar uma palavra-chave.
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