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Dentre as lembranças desses 25 anos de jornalismo uma me marcou para sempre. Era coordenador de imprensa do segundo governo Garibaldi (PMDB) no Rio Grande do Norte quando da inauguração da Barragem de Santa Cruz, no município de Apodi, região oeste potiguar. Essa foi uma das principais obras do seu segundo governo. Vamos ao fato:

O dia em que um ministro se referiu ao governador como “José Garibaldi Alves”

Eu como coordenador de imprensa do governo e minha equipe nos deslocamos até Apodi nesse dia para acompanharmos a inauguração daquela que era considerada uma das maiores obras do governo Garibaldi. Há muito os apodienses experavam por isso. A Barragem de Santa Cruz,  segunda maior barragem do Rio Grande do Norte, construída em parceria com o governo estadual custou R$ 145 milhões.

O presidente Fernando Henrique Cardoso chegou com uma hora de atraso, às 16h30, vindo de Fortaleza (CE) onde participava da sessão internacional do BID [Banco Interamericano de Desenvolvimento], tendo no helicóptero a companhia do governador Garibaldi Alves, do senador Geraldo Melo (PSDB) e do ministro da Integração Nacional, Ney Suassuna.

A barragem beneficiou de imediato 28 municípios da região, e quando considerado o volume de água transportado pelas adutoras, o número de cidades beneficiadas chegaria a 47. Com o armazenamento de 600 milhões de metros cúbicos de água num lago de 3.260 hectares, com a barragem foi solucionado os problemas de abastecimento para populações de várias cidades. Contando só as mais próximas, foram beneficiados 73 mil moradores de Apodi, Felipe Guerra, Caraúbas, Governador Dix-Sept Rosado e Itaú.

A inauguração da obra reuniu quase toda a bancada federal do Rio Grande do Norte, secretários estaduais, deputados, além de prefeitos e lideranças políticas de pelo menos 20 municípios da região oeste do estado. No palanque armado no local, ficaram apenas o presidente Fernando Henrique Cardoso, o ministro Ney Suassuna, o governador e o vice-governador Fernando Freire, os senadores e deputados federais  e alguns outros auxiliares diretos do presidente. Foram montadas duas outras tendas, uma para as demais autoridades e outra para a imprensa.

A solenidade foi rápida. Durou cerca de 35 minutos. Discursaram apenas o ministro Ney Suassuna, o governador Garibaldi Filho e o presidente FHC. Ao saudar as autoridades, o ministro se referiu ao governador como ‘‘José’’ Garibaldi Alves, e centrou sua fala em elogios ao presidente, a quem se referiu como o governante que mais desenvolveu ações em favor de soluções para o problema de falta d’água no Nordeste.

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