Sem sofisma e acautelando-se dos fatos e preservando ainda a liberdade de imprensa em seu direito de opinar, é certo dizer que a esquerda, sobretudo, o Partido dos Trabalhadores foi objeto de um golpe de direita e a tentativa de uma tomada de poder pela extrema-direita.
O golpe sofrido pela ex-presidenta Dilma Ruosseff (PT), tendo como có-participe no ato o seu ex-vice-presidente, Michel Temer (MDB) e o então presidente da Câmara, Eduardo Cunha (MDB). A tentativa de tomada de poder encabeçada pelo ex-presidente, Jair Bolsonaro (PL), que perdendo as eleições pelo sufrágio das urnas encorajou seus seguidores aos atos terroristas de 8 de janeiro, em Brasília, com invasões ao Palácio do Planalto, Congresso Nacional e Supremo Tribunal Federal.
Rememorar os fatos se faz necessário diante de novas informações que estão surgindo para reforçar a narrativa de que o PT e Lula foram vítimas de tentativas de dizimá-los da política sem sucesso. Aliás, sobre isso se faz necessário reportar um outro editorial do Blog publicado em 31 de outubro de 2022 sob o título “Os poderosos não conseguiram deter a primavera que brotou cravos vermelhos“. Clique aqui [1] para conferir.
O jornalista Breno Altman afirmou, em entrevista à TV 247, que as denúncias feitas pelo ex-deputado e empresário Tony Garcia contra o ex-juiz suspeito Sérgio Moro, hoje senador da República, são gravíssimas e propôs a criação de uma comissão da verdade para investigar os fatos relacionados à Operação Lava Jato, retroagindo até o período do mensalão. Altman argumentou que o caso revela uma gravidade cada vez mais exposta, dos crimes que podem ter sido cometidos por Moro contra o PT.
Há indícios de que a lava jato foi montada não para combater a corrução no país, mas para “acabar” com o PT. As denúncias feitas por Tony Garcia têm o potencial de lançar luz sobre a atuação de Sérgio Moro durante o julgamento do mensalão, ocorrido entre 2005 e 2012, e as possíveis motivações políticas do processo, diz Altman, que defende que uma comissão da verdade seja estabelecida para investigar a fundo as acusações, a fim de esclarecer a verdade e responsabilizar eventuais irregularidades.
Importante ressaltar ainda que o ex-presidente nacional do PT José Genoino reagiu à declaração do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Dias Toffoli [2], proferida durante uma sessão plenária da Corte, na qual admitiu ter votado pela condenação de réus no julgamento do mensalão, incluindo José Genoino, mesmo sabendo que eram inocentes. Para Genoino não foi uma “falha”, mas uma confissão.
Portanto, não se trata de fazer jornalismo progressista ou conservador, mas apenas Jornalismo, isso mesmo, jornalismo com J maiúsculo para tornar transparente as informações. E opinar faz parte da liberdade de imprensa!
Foto reproduzida da Internet