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Está no Blog da Andréia Sadi
Advogado do general Braga Netto, José Luis de Oliveira Lima afirmou nesta sexta-feira (27), em entrevista ao Estúdio I, da GloboNews, que pedirá acareação entre o general e o tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
‘”Eu vou pedir uma acareação entre o Braga Netto e o Cid. Eu quero os dois ali um na frente do outro”, afirmou o advogado do general.
🔎 No procedimento, duas ou mais pessoas envolvidas em um caso são colocadas frente a frente para confrontar suas versões dos fatos. O objetivo é verificar a veracidade das informações e esclarecer contradições.
Braga Netto foi preso pela Polícia Federal no dia 14 de dezembro sob acusação de obstrução de justiça na investigação que apura a existência de organização golpista para impedir posse de Lula (PT).
Na decisão da prisão do general constam trechos da delação de Mauro Cid ao Supremo Tribunal Federal (STF), onde ele revelou novos elementos sobre a atuação do general no planejamento de um golpe de Estado, ao qual ele nega ter participado.
O advogado de Braga Netto chamou Mauro Cid de “mentiroso contumaz” e criticou a sua delação premiada.
“Como é que pode dar credibilidade à uma fala de um sujeito que mentiu o tempo inteiro e estava desesperado”, disse, ao citar que Cid ficou 129 dias preso e fez a colaboração após o período na cadeia.
A defesa de Braga Netto também comentou sobre a possibilidade de o ex-ministro do governo Jair Bolsonaro (PL) fazer a colaboração.
“A delação é um meio de defesa e tem que ser usada com critério, com apresentação de provas e por quem praticou um crime. No caso do general Braga Netto, ele não tem como utilizar deste meio de defesa da delação por um simples motivo: ele não praticou crime algum”, disse.
A PF usou conversas de Braga Netto por WhatsApp como pistas para identificar a suposta ação do general na trama golpista. Em um diálogo quatro dias antes do fim do governo Bolsonaro, o general prometeu cargo a indicado ‘se a gente continuar’.
“A colaboração premiada do Mauro Cid é uma peça fundamental que faz uma relação a todo relatório da polícia, portanto eu não tenho como entrar num detalhe de uma mensagem que pode estar completamente fora de contexto e aqui fazer uma linha de defesa técnica de uma prova e de um documento que eu não tive nenhum acesso”, afirmou o advogado de Braga Netto.
Segundo o defensor, ele seria “absolutamente imprudente de contextualizar ou rebater” sobre a promessa de emprego feita por Braga Netto sem ler todo o processo. “O que eu posso dizer a você é que, nos diálogos que tive com Braga Netto, em momento algum ele disse que teve qualquer participação em golpe de estado”.
Lima define a prisão como “desprovida de apoio em prova sólida” e diz que Braga Netto assegura que não cometeu nenhum ato ilícito.
“Nós estamos falando de um general quatro estrelas, homem com 42 anos de serviços prestados ao Exército brasileiro. Portanto, eu não posso acreditar que esse homem não seria sincero e franco comigo”, disse Lima.
Foto reproduzida da Internet
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