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Artigo

As bancadas das fake news e das selfs no Parlamento

por Carlos Alberto Barbosa

Há muito não se ver no Parlamento brasileiro discursos de políticos que prendam a atenção de seus pares e até da imprensa. Não se tem mais um Teotônio Vilela, um Ulysses Guimarães, um Tancredo Neves, entre outros. A grande oratória deu espaço as mentiras plantadas em selfs, como se os nossos parlamentares fossem adolescentes, o que se explica o comportamento juvenil e até de rebeldes sem causa.

Ainda nesta quinta-feira (6) a Central GloboNews, apresentado pela jornalista Natuza Nery, abordou o assunto com muita precisão, inclusive, mostrando deputados fazendo selfs e dando as costas para o colega orador da hora ou então protagonizando brigas para terem o seu minuto de fama nas redes sociais, que é o que tem mais chamado a atenção deles. Discutir assuntos importantes de interesse do país e do povo brasileiro são deixados de lado. O momento é de fazer selfs e plantar mentiras nas redes sociais, isso “rende” votos, na opinião deles.

Fato é que o Congresso Nacional tem se pautado pelas redes sociais. Em reportagem publicada pelo O Globo, isso ficou bem claro. Trecho da reportagem explicita o que estou dizendo:

Três ministros com mandatos de deputados e licenciados, em condição de anonimato, afirmaram que embora haja apoio significativo dos parlamentares em pautas econômicas, a situação muda drasticamente em relação a projetos de costumes ou de endurecimento da legislação penal. Um exemplo recente foi a votação da proposta que restringiu a saidinha de presos, onde os representantes do Centrão se abstiveram de mobilizar suas bancadas. Os ministros justificam que, nesses casos, os deputados são mais influenciados pela pressão dos eleitores nas redes sociais do que pela orientação partidária, tornando difícil atender às demandas do governo.

Em particular, a Câmara dos Deputados tem se mostrado que mais parece um colégio de meninos mimados, que quando discutem chamam pra briga fora do colégio para não serem expulsos. Este o perfil do nosso Parlamento. Lamentavelmente!

Foto: Blog do Marco Eusébio

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