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O jornalista Cesar Calejon, do UOL, foi na jugular quando disse em artigo que “os atos do último dia 7 de Setembro, durante os quais o bolsonarismo tentou se apropriar do bicentenário da Independência do Brasil para avançar a sua busca pela reeleição, foram a última grande jogada do atual governo antes do primeiro turno do pleito presidencial. Nesse contexto, Bolsonaro tinha dois grandes objetivos com as convocações de quarta-feira (7/9): tentar mudar a correlação de forças na disputa com Lula e diminuir a sua rejeição para preparar o terreno de um possível golpe de estado”.
E, arrematou:
“Os dados apresentados pela sondagem do Datafolha são claros no sentido de demonstrar que o bolsonarismo falhou em ambos durante o 7 de setembro, o que pode ser considerada a sua última chance de virar a disputa antes do dia 2 de outubro. A pesquisa, que foi realizada entre quinta (8) e sexta-feira (9), indicou que Lula mantém 45% contra 34% de Bolsonaro e que o ex-presidente tem 48% dos votos válidos, sustentando a viabilidade real de vitória ainda no primeiro turno”.
Nem o pacote de bondades do governo que soma R$ 451 bilhões com medidas que vão desde a facilitação de linhas de crédito até a ampliação de programas sociais, como o Auxílio Brasil e o Bolsa Caminhoneiro e um auxílio emergencial para motoristas de aplicativos fizeram a candidatura a reeleição de Jair Messias Bolsonaro sair da sua bolha dos 35% de intenções de voto. Ministros bolsonaristas fizeram várias apostas de que com estas medidas Bolsonaro chegaria antes do primeiro turno na frente de Lula. As pesquisas de intenção de voto colocam por água abaixo as previsões. A última pesquisa do Datafolha dá Lula com 48% dos votos válidos podendo faturar a eleição em turno único.
Costumo dizer que o capital eleitoral de Jair Bolsonaro está na casa dos 30% e que as grandes manifestações do 7 de Setembro, quando o próprio presidente convocou seus admiradores a ir as ruas corresponde ao que estrou dizendo. Bolsonaro espertamente usou o Bicentenário da Independência, usando, inclusive, a máquina governamental com a emissora de televisão estatal e as próprias forças armadas em desfile militar para levar seus eleitores a encher a Esplanada dos Ministérios, em Brasília, Copacabana no Rio de Janeiro e a avenida Paulista em São Paulo. Uma plasticidade perfeita para jogar no programa eleitoral para dizer que o “povo está com ele”. Sim, o “povo” , classe média principalmente que está na bolha dos 30% de seus eleitores. Como disse certa vez o sociólogo Jessé de Souza, “a classe média é feita de imbecil pela elite”.
O meu termômetro para reforçar o que estou dizendo são os carros com bandeiras do Brasil que vejo trafegar por ruas e avenidas de Natal, capital do Rio Grande do Norte. Carrões e carrões desfilam réplicas do pavilhão nacional numa ostentação ao bolsonarismo que se apossou das cores da bandeira nacional como se fosse propriedade deles. Se levarmos em consideração que o número de automóveis que não porta a bandeira nacional é bem superior, diria que o verdadeiro povo vota em silêncio.
Acrescento ainda que os atos públicos promovidos por Lula nos rincões do Brasil, tem levado multidões e não é preciso pra isso um 7 de Setembro que conta com paradas militares onde tanques de guerra, aviões, soldados marchando, aviões sobrevoando os céus do Brasil, faz brilhar os olhos da criançada e adultos-acrianças. Não, o que Lula leva as multidões são as lembranças de seus dois governos que acabou com a miséria no Brasil, levou o país ao crescimento econômico e não precisou falar grosso com países amigos e nem falar fino com os Estados Unidos e muito menos bater continência para a bandeira americana como Jair Bolsonaro fez diante do ex-presidente Donald Trump que tentou dar um golpe nas eleições americanas.
É preciso ficar atento e forte, pois!
Foto reproduzida da Internet
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