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Incentivado por amigos resolvi escrever também causos particulares vivenciados ao longo dos anos. Alguns relatos são hilários, e dignos de levar ao programa Que História é Essa, Porchat. Seguem os causos em forma de coletânea.
por Leonardo Attuch, no Brasil 247
A divulgação dos áudios da quadrilha Bolsonaro pelo Supremo Tribunal Federal escancarou ao mundo não apenas a degradação moral e política da família que governou o Brasil entre 2019 e 2022, mas também a hipocrisia das sanções impostas pelo governo de Donald Trump contra o ministro Alexandre de Moraes, com base na chamada Lei Magnitsky. Ao expor o linguajar chulo, as ameaças e as articulações golpistas, o STF revela a podridão de um grupo que se diz patriota e cristão, mas que, na prática, atuou contra a soberania nacional em conluio com interesses estrangeiros.
Em um dos áudios, Eduardo Bolsonaro implorou ao pai para que se apressasse em manifestações de apoio ao presidente norte-americano, temendo que Trump “virasse as costas” ao Brasil. “Você não vai ter tempo de reverter se o cara daqui virar as costas para você. Aqui é tudo muito melindroso, qualquer coisinha afeta”, disse Eduardo. O pânico do deputado era claro: perder o amparo do republicano significaria isolamento político e maior risco de punição judicial.
Em outro trecho, Eduardo tentou convencer Jair Bolsonaro de que, naquele momento, não havia risco imediato de prisão: “Na situação de hoje, você nem precisa se preocupar com a cadeia, você não será preso. Mas tenho receio que, por aqui, as coisas mudem.” A obsessão pelo apoio de Trump se transformou em uma questão de sobrevivência pessoal e familiar. Não havia qualquer preocupação com os interesses do povo brasileiro, e nem mesmo dos manés presos em decorrência do 8 de janeiro, mas apenas com a manutenção de privilégios e a tentativa de escapar das investigações criminais.
Os áudios deixam evidente que os Bolsonaro atuaram em sintonia com o governo Trump para tentar impor sanções políticas ao Brasil e ao STF, usando como justificativa a Lei Magnitsky – um instrumento criado originalmente para punir violações de direitos humanos, mas distorcido para atacar um magistrado que investiga a chamada “familícia”.
A perversão da Lei Magnitsky
Foi sob esse pretexto que o ministro Alexandre de Moraes acabou incluído pelo governo Trump entre os alvos da legislação, sofrendo restrições financeiras e pessoais. O episódio sempre foi visto como uma aberração diplomática, mas agora, com a revelação dos áudios, torna-se insustentável. O mundo inteiro pode constatar que não se tratava de um embate legítimo sobre direitos humanos, e sim de uma trama suja, conduzida por uma súcia de marginais, para enfraquecer a Justiça brasileira e tentar consolidar um golpe de Estado.
As medidas contra Moraes, portanto, distorcem o sentido da própria Lei Magnitsky e não se sustentam diante das provas de que os verdadeiros criminosos são Bolsonaro, seus filhos e seus aliados, como o empresário da fé Silas Malafaia – um “pastor” que não fala, apenas vomita impropérios.
Ao abrir os áudios, o STF envia uma mensagem clara à comunidade internacional: o que estava em curso era uma conspiração de marginais, sustentada por ameaças, palavrões e submissão a Trump.
Em vez de liderar a defesa da soberania nacional, Bolsonaro e sua família se rebaixaram à condição de pedintes, mendigando apoio estrangeiro, em troca de sanções que atingem diretamente o Judiciário brasileiro. Trump, ao se envolver com essa gangue de marginais, compromete não apenas sua imagem e a dos Estados Unidos, mas também a credibilidade da política externa norte-americana.
A podridão revelada pelo STF pode, enfim, abrir caminho para que Washington corrija essa distorção histórica. Com isso, o medo de Eduardo Bolsonaro de que Trump “vire as costas” poderá se concretizar mais cedo do que se imagina, depois que a podridão da “familícia” foi jogada no ventilador.
Fotos: Reprodução/Instagram/Agência Brasil/ND
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