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Coletânea de Causos

Que causos são esses, Barbosa?

Incentivado por amigos resolvi escrever também causos particulares vivenciados ao longo dos anos. Alguns relatos são hilários, e dignos de levar ao programa Que História é Essa, Porchat. Seguem os causos em forma de coletânea.

Economia, Política

Bill Clinton previu no fim dos anos 1990 que China substituiria EUA como maior economia, revela livro

Está no Brasil 247

O ex-presidente dos Estados Unidos Bill Clinton afirmou, ainda no final dos anos 1990, que a China substituiria o país como a maior economia do mundo. A previsão foi revelada em um novo livro do colunista do Washington Post David J. Lynch, segundo reportou o jornal e também o Global Times.

Em trechos divulgados da obra, Clinton refletiu sobre os efeitos da globalização e reconheceu falhas da liderança norte-americana em lidar com os impactos sociais do processo. “Está acontecendo que não há muito pensamento claro sobre os lados positivos da globalização”, afirmou em entrevista de 75 minutos concedida em seu escritório em Manhattan, no inverno de 2024, conforme o Washington Post.

Globalização e erros de Washington

Clinton, que governou os Estados Unidos entre 1993 e 2001, classificou a globalização como “o maior motor de prosperidade que o mundo já viu”, mas admitiu que os eventos não se desenrolaram como esperava. Ele reconheceu que Washington falhou em oferecer o suporte prometido aos americanos deixados para trás pela abertura econômica e subestimou o ressentimento acumulado entre trabalhadores.

“Eu pensei o que disse. Achei que eles [os chineses] se tornariam gradualmente mais abertos e mais inclusivos… E achei que eventualmente nos substituiriam como a maior economia do mundo”, declarou Clinton, lembrando que sua meta era “garantir que, quando isso acontecesse, não fosse ruim para nós nem perigoso para eles”.

O papel da China e a ascensão econômica

Nos anos 1990, o ex-presidente foi um dos principais articuladores da entrada da China na Organização Mundial do Comércio (OMC) e da aprovação do histórico acordo de livre-comércio da América do Norte. Ao recordar o período, afirmou estar “muito mais esperançoso” do que hoje quanto ao futuro das relações bilaterais e da economia global.

Segundo o livro, Clinton também destacou que a insatisfação popular nos Estados Unidos surgiu muito antes da ascensão do presidente Donald Trump, atual líder norte-americano. Ele disse que cada dimensão da globalização — comércio, finanças, tecnologia, ideias e pessoas — gerou questões difíceis que Washington sequer tentou resolver adequadamente. “Mas às vezes, parecia que [Washington] mal tentava”, afirmou.

Crescente descontentamento e mudança de postura

Com o aumento do descontentamento social, setores que não prosperaram na chamada “nova economia” passaram a se opor ao comércio, à imigração e às mudanças estruturais. Clinton descreveu esse sentimento como uma população “fervendo” de insatisfação.

Global Times observou que, nas últimas décadas, os Estados Unidos abandonaram progressivamente a defesa de um sistema econômico aberto e inclusivo, adotando políticas unilaterais e protecionistas, sobretudo nas relações com a China. Esse movimento se intensificou sob a administração Trump, com medidas de pressão extrema e tarifas comerciais.

Recuo da economia dos EUA

Os efeitos dessa guinada começam a atingir a própria economia norte-americana. Segundo o BBC, em agosto, a criação de empregos caiu para apenas 22 mil postos, abaixo das expectativas, enquanto a taxa de desemprego subiu de 4,2% para 4,3%. Já o Departamento de Comércio dos EUA informou, em 4 de setembro, que o déficit comercial do país subiu para US$ 78,3 bilhões em julho, bem acima dos US$ 59,1 bilhões de junho, pressionado por tarifas e aumento das importações, conforme destacou a emissora chinesa CCTV.

As análises reforçam que a previsão feita por Bill Clinton no fim dos anos 1990 segue no centro do debate: a ascensão da China à posição de maior economia do mundo é considerada inevitável por muitos especialistas, enquanto os Estados Unidos enfrentam sinais de enfraquecimento econômico.

Foto reproduzida da Internet

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