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O presidente Jair Bolsonaro dá sinais claros de que se perder a eleição em outubro não aceitará o resultado das urnas. O presidente se mexe pra isso. Nos últimos dias o capitão tem feito questão de deixar de maneira ostensiva o seu pensamento com relação ao pleito.
No dia 31 de março (quinta-feira) numa solenidade alusiva ao Regime Militar de 1964, que se configurou numa ditadura, Bolsonaro enalteceu as Forças Armadas e voltou a criticar de forma velada os ministros do Supremo Tribunal Federal mandando-os “calar a boca”.
Na sexta-feira (1), em uma cerimônia que pretendia ser secreta, fechada à imprensa, Bolsonaro deu posse ao novo ministro da Defesa e ao novo comandante do Exército e insinuou aos comandantes e generais de todo o país um convite para um golpe de Estado. O evento marcou a saída do general Braga Netto do ministério para ser o companheiro de chapa de Bolsonaro nas eleições.
Disse ipsis litteris aos comandantes militares: “Vivemos um momento onde há decisões e em última análise fogem do campo político e vem pro campo militar”. Para reforçar a ideia de que deseja um golpe contra as eleições e a democracia, acrescentou a seguir: “Jamais podemos nós ousar imaginar dois, três anos à frente, voltar seus olhos para o passado e se perguntar: o que eu não fiz para que chegássemos a esse ponto? Certas coisas não se conquistam para sempre”.
As declarações retomam a escalada fracassada que preparou o ato do 7 de setembro de 2021, quando Bolsonaro ensaiou um golpe de Estado.
Apesar do caráter quase secreto da cerimônia, horas depois o programa “Pingo dos Is”, da bolsonarista TV Jovem Pan, obteve e divulgou trechos do discurso de Bolsonaro.
Além dos arroubos que costuma fazer, Bolsonaro se aproximou do segmento evangélico para tentar cooptar votos dos fiéis, não se importando de indicar pastores amigos seus para, junto ao Ministério da Educação, montar um esquema que intermediava obras do MEC em troca de propina. E aí, claro, a compra de votos.
Como denunciaram vários prefeitos, essa intermediação era feita em troca de propinas de R$ 15 mil a R$ 30 mil em dinheiro ou ouro e também de até R$ 70 mil em compras de bíblias. Uma dessas edições do Livro Sagrado trazia fotos dos pastores Gilmar e Arilton (os dois pastores na foto em primeiro e segundo plano com Bolsonaro) e também do próprio Milton Ribeiro para serem distribuídas aos fiéis.
O ex-ministro Milton Ribeiro, também evangélico e demitido após o escândalo, confirmou em áudio comprometedor divulgado pela Folha, que foi o presidente quem o orientou a receber os dois religiosos.
Como se observa, é preciso muita atenção nos sinais que Jair Bolsonaro está dando.
A conferir!
Foto reproduzida da Internet
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