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A deputada federal Carla Zambelli (PL-SP), considerada foragida da Justiça brasileira, compareceu nesta quarta-feira (13) ao Tribunal de Apelações de Roma, na Itália, para uma audiência que pode definir os próximos passos do processo de extradição ao Brasil. No entanto, segundo informações do g1, Zambelli alegou mal-estar ao chegar ao local e não participou da sessão. Uma médica foi chamada para avaliá-la,

A defesa da parlamentar argumenta que ela enfrenta problemas de saúde e tem solicitado à Justiça italiana que permita que ela aguarde em liberdade enquanto o processo de extradição é analisado. O tribunal poderá decidir se mantém a prisão ou se concede a liberdade provisória até o julgamento final do pedido apresentado pelo governo brasileiro.

Zambelli foi condenada pelo Supremo Tribunal Federal (STF) a 10 anos de prisão por participação na invasão dos sistemas do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), em parceria com o hacker Walter Delgatti Neto. Poucos dias após a decisão, deixou o Brasil e foi localizada na Itália, onde acabou detida no fim de julho, após a emissão de um mandado de prisão preventiva pelo ministro Alexandre de Moraes.

Ativa nas redes, mesmo foragida

Apesar da prisão e da suspensão de suas contas oficiais por decisão do STF em 4 de junho, Zambelli continua se manifestando nas redes sociais por meio de um perfil alternativo no Instagram e de publicações na plataforma Substack.

O perfil, criado em maio de 2025 e com cerca de 4.600 seguidores, tem sido usado para críticas ao Supremo Tribunal Federal, em especial ao ministro Alexandre de Moraes, e para comentários sobre a política brasileira. Em vídeo publicado recentemente, a deputada afirmou:“Olá, pessoal, aqui é Carla Zambelli. Muita coisa tem acontecido no Brasil, não é?”

Na gravação, ela criticou o aumento de tarifas impostas pelos Estados Unidos ao Brasil, referindo-se a elas como “Taxa Moraes” e acusando o ministro de “brincar de ditador”. No mesmo post, elogiou o presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), e o líder do PL, Sóstenes Cavalcante, agradecendo o apoio político que tem recebido.

Zambelli se diz em “exílio”

Em seus textos no Substack, Zambelli classifica sua situação como “exílio” e alega perseguição política. No entanto, para a Justiça brasileira, ela é foragida — após desrespeitar medidas cautelares, como a entrega do passaporte. Além disso, seu nome foi incluído na lista de procurados da Interpol.

A deputada também tem divulgado vídeos ao lado da mãe, Rita Zambelli, que reforça o discurso da filha e compartilha mensagens de apoio de eleitores. Em uma das postagens, Carla convida seus seguidores a acompanharem seus “novos canais de comunicação” e garante que continuará ativa, mesmo fora do país:“Continuarei usando plataformas alternativas para estar próxima de vocês.”

Processo político no Brasil

Paralelamente à ação criminal e ao pedido de extradição, Zambelli também enfrenta um processo na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara dos Deputados que pode resultar na cassação de seu mandato. Ela se diz confiante na condução do processo e acredita que manterá o apoio de parte dos parlamentares.

Foto reproduzida da Internet