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Coletânea de Causos

Que causos são esses, Barbosa?

Incentivado por amigos resolvi escrever também causos particulares vivenciados ao longo dos anos. Alguns relatos são hilários, e dignos de levar ao programa Que História é Essa, Porchat. Seguem os causos em forma de coletânea.

Artigo

Carta aberta a Alexandre de Moraes

por Alex Solnik, no Brasil 247

Caro xará! Pra começar, peço que nunca aceite ser chamado de Xandão. Xandão é jogador de basquete. O que você não é. Todo Alexandre é Alexandre, o Grande. Dito isso, sem querer ensinar o Padre Nosso ao vigário, mas por ser um pouco mais vivido que você, queria externar minha opinião sobre a prisão domiciliar de Bolsonaro. 

Quando foi decretada, achei bom, achei que iria tirar o ex-presidente do cenário político, que ele iria ficar isolado, longe de seus aliados, a fim de que a reta final de seu julgamento transcorresse em paz. Ele estava perturbando a ordem pública. Jogando a população contra decisões do Supremo. Ou seja: continuando o ataque ao Poder Judiciário. Deveria ser silenciado.

Uma semana depois, está acontecendo o oposto. Ele está mais presente na política do que nunca. E no comando da organização criminosa. Quem garante que não foi ele o autor intelectual do motim na Câmara? Ele está há uma semana sem nada para fazer, atendido por uma equipe de funcionários e todo o tempo livre para tramar contra você – e contra o regime democrático. Ele não desistiu. E não vai desistir enquanto houver alguma brecha para voltar.

Você deveria proibir visitas de políticos. Um ex-presidente que quase mergulhou o país numa guerra civil não deveria ter o direito de participar da vida política brasileira nunca mais. E ele está não só participando, mas influenciando e comandando.

No dia 22 de agosto ele vai se encontrar durante oito horas com o senador Rogério Marinho; três dias depois, com o deputado Altineu Côrtes. Você autorizou. Mais oito horas para conspirar. Ambos são defensores da anistia. E dos ataques a você. Não são visitas de solidariedade, são reuniões políticas. 

Proibir imagens e gravações não basta. Se em prisão domiciliar não é possível afastá-lo das conspirações, só a preventiva resolve, na sala de Estado de um quartel do Exército.

Parabéns pela vitória do seu time sobre o meu. E sobretudo pelos gols que você tem marcado para o time da democracia.

* Alex Solnik, jornalista, é autor de “O dia em que conheci Brilhante Ustra” (Geração Editorial)

Foto reproduzida da Internet

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