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Incentivado por amigos resolvi escrever também causos particulares vivenciados ao longo dos anos. Alguns relatos são hilários, e dignos de levar ao programa Que História é Essa, Porchat. Seguem os causos em forma de coletânea.

Política

Caso Epstein: Congresso dos EUA aprova lei para liberar arquivos. Entenda o que acontece agora

Está no g1

O Congresso dos Estados Unidos aprovou na terça-feira (18) um projeto de lei que determina a divulgação de todos os arquivos de investigação sobre o bilionário Jeffrey Epstein.

Contexto: Epstein foi acusado de abusar de mais de 250 meninas menores de idade e de operar uma rede de exploração sexual nos anos 2000. O caso voltou a ganhar destaque neste ano com o vai e vem do presidente Donald Trump sobre a liberação dos arquivos.

  • Na semana passada, o Congresso dos EUA publicou mensagens que sugerem que Trump tinha conhecimento da conduta de Epstein.
  • Em um e-mail de 2018, o bilionário escreveu que o atual presidente “passou horas” em sua casa com uma das vítimas.
  • Epstein era conhecido por sua ampla rede de contatos com políticos, celebridades e executivos. Ele e Trump foram amigos entre a década de 1990 e o início dos anos 2000.
  • O bilionário foi preso em julho de 2019 e, segundo as autoridades, tirou a própria vida um mês depois, dentro da cela.

Na terça-feira, Câmara e Senado aprovaram rapidamente — e quase por unanimidade — o projeto que obriga o governo a liberar todos os arquivos da investigação. O movimento foi visto como uma derrota política para Trump. Entenda mais abaixo.

Pelo texto, todos os documentos da investigação, incluindo informações sobre a morte de Epstein na prisão, deverão ser divulgados em até 30 dias após a sanção presidencial.

A lei permite que o Departamento de Justiça oculte informações pessoais das vítimas ou dados de investigações ainda em curso. Por outro lado, proíbe censuras com base em “constrangimento, dano à reputação ou sensibilidade política”.

A expectativa é que Trump sancione a lei assim que o texto chegar à Casa Branca. Isso pode acontecer ainda nesta quarta-feira (19).

Derrota política

Durante a campanha de 2024, Trump prometeu várias vezes que, se voltasse à Casa Branca, tornaria públicos arquivos secretos sobre o caso. Em uma entrevista, ele chegou a dizer ser “muito estranho” que a lista de clientes de Epstein nunca tivesse sido divulgada.

Em fevereiro deste ano, o governo liberou uma série de arquivos sobre o caso. A procuradora-geral de Trump, Pam Bondi, chegou a afirmar que uma lista de clientes estava “em sua mesa para ser revisada”.

  • Depois, no entanto, o Departamento de Justiça disse não ter encontrado provas da existência dessa relação.
  • A declaração frustrou apoiadores de Trump, muitos dos quais espalham teorias da conspiração sobre o caso — algumas impulsionadas pelo próprio presidente.
  • Desde então, ele passou a minimizar o tema e chegou a chamar de “idiota” quem ainda se importava com o assunto.

A postura de Trump aumentou a pressão política da oposição e até de membros do próprio partido do presidente para que todos os documentos fossem divulgados.

Nos últimos meses, Trump passou a chamar o movimento de “farsa” criada pela oposição para desviar a atenção de temas como o orçamento federal.

  • A Casa Branca e lideranças republicanas tentaram evitar que o projeto atingisse o número mínimo de assinaturas necessário para ser pautado na Câmara, mas não conseguiram.
  • O texto alcançou o mínimo exigido em 12 de novembro, com apoio inclusive de deputados republicanos.

Três dias depois, Trump mudou de posição e passou a defender a aprovação da proposta, dizendo que os republicanos “não tinham nada a esconder”.

Presidente citado em e-mails

No dia 12 de novembro, o Congresso dos EUA divulgou mais de 20 mil páginas de arquivos sobre a investigação de Jeffrey Epstein. Boa parte dos documentos contém e-mails que o bilionário trocou com parentes e amigos.

Em uma das mensagens, de janeiro de 2019, Epstein escreveu que Trump “sabia sobre as garotas”. No mesmo texto, aparecem o nome de uma vítima — que foi censurado — e uma menção a Mar-a-Lago, o resort do presidente na Flórida.

Em outro e-mail, de 2011, Epstein escreveu a Ghislaine Maxwell, sua parceira e confidente, sobre Trump.

“Quero que você perceba que o cachorro que não latiu é Trump”, afirmou. Em seguida, acrescentou que uma das vítimas “passou horas na minha casa com ele… e ele nunca foi mencionado uma única vez”.

Outro arquivo mostra Epstein refletindo sobre como deveria responder a perguntas da imprensa sobre sua relação com Trump, que à época começava a ganhar destaque como figura política nacional.

Para deputados democratas, as mensagens levantam novas dúvidas sobre a relação entre o presidente e o bilionário. Já o jornal The New York Times afirmou que Trump pode ter mais conhecimento da conduta de Epstein do que admitiu publicamente.

Trump, por sua vez, disse que a polêmica envolvendo os e-mails é uma “armadilha” criada pela oposição. A porta-voz da Casa Branca, Karoline Leavitt, afirmou que os arquivos mostram que o presidente “não fez nada de errado”.

Foto: gettyimages

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