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Política

Caso `Rei do Lixo´ provoca novo racha na direção do União Brasil

Está no Brasil 247

O União Brasil, partido que já enfrentava turbulências desde a troca na direção em março, mergulhou em uma nova crise nas últimas semanas. A origem do embate está na Operação Overclean, uma investigação que apura fraudes em licitações e desvios de recursos públicos, envolvendo figuras ligadas à legenda.

Um dos principais alvos da operação é o empresário Marcos Moura, apelidado de “Rei do Lixo”, que ocupa posição no diretório nacional do União Brasil e mantém relações próximas com lideranças do partido, como o presidente Antonio Rueda e o vice, ACM Neto. O vínculo do empresário com a cúpula da legenda gerou divisões internas e intensificou o clima de desconfiança entre seus integrantes. 

Interlocutores do União Brasil relatam que há divergências sobre como lidar com a crise gerada pela proximidade de membros do partido com Moura, segundo Igor Gadelha, do Metrópoles. Alguns parlamentares têm cobrado explicações de colegas sobre os laços com o empresário, enquanto outros temem que a Operação Overclean atinja a gestão do prefeito de Salvador, Bruno Reis (União Brasil). O receio é que o avanço das investigações comprometa a administração municipal e reverbere politicamente para a legenda.

A Prefeitura de Salvador, comandada por Bruno Reis, já estaria em alerta máximo diante do potencial impacto das investigações. A proximidade entre o “Rei do Lixo” e figuras do alto escalão aumenta a tensão na gestão municipal, que teme possíveis desdobramentos jurídicos e políticos.

Escolha do líder adiada

O desgaste causado pela operação teve repercussões práticas: a escolha do novo líder do União Brasil na Câmara, prevista para ocorrer em janeiro de 2025, foi adiada para fevereiro. Atualmente, o cargo é ocupado pelo deputado federal Elmar Nascimento (BA). 

Entre os postulantes ao posto estão Mendonça Filho (PE), alinhado ao grupo de Elmar; Pedro Lucas Fernandes (MA), apoiado pelo presidente do partido, Antonio Rueda; e Damião Feliciano (PB). A disputa reflete as divergências internas que ganharam força com os desdobramentos da operação.

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