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Está no g1
O chefe da Agência de Proteção Ambiental dos Estados Unidos (EPA, na sigla em inglês), Lee Zeldin, anunciou nesta quarta-feira (12) a revogação de 31 regulamentações ambientais, incluindo regras cruciais sobre mudanças climáticas, poluição de usinas a carvão e veículos elétricos.
Zeldin descreveu a medida como “o dia mais importante da desregulamentação na história americana” e afirmou em artigo no jornal “Wall Street Journal” que está “cravando uma adaga no coração da religião das mudanças climáticas”.
Segundo ele, as ações eliminarão “trilhões de dólares em custos regulatórios” e reduzirão o custo de vida das famílias americanas, além de reativar a indústria do país.
Entre as medidas mais polêmicas está a revisão de uma determinação científica de 2009 que classifica os gases de efeito estufa como prejudiciais à saúde pública. Essa constatação, da era Obama, serve como base legal para diversas regulamentações climáticas nos EUA.
Segundo a agência Associated Press, o governo Trump também pretende reescrever normas que limitam a poluição de usinas a combustíveis fósseis e as emissões de veículos.
O governo anterior, de Joe Biden, havia implementado essas regras como parte central de sua estratégia climática, visando que metade dos carros novos vendidos nos EUA fossem de emissão zero até 2030.
Reação de cientistas e ambientalistas
Especialistas em clima consideram as medidas um retrocesso significativo. “É impossível pensar que a EPA poderia desenvolver uma conclusão contraditória que se sustentaria nos tribunais”, afirmou David Doniger, do Conselho de Defesa de Recursos Naturais.
O cientista Michael Mann, da Universidade da Pensilvânia, também classificou a ação como “a mais recente forma de negação climática republicana”, acrescentando que “eles não podem mais negar que as mudanças climáticas estão acontecendo, então fingem que não é uma ameaça”.
A EPA também anunciou o encerramento de programas de diversidade e justiça ambiental, que buscavam melhorar condições em áreas afetadas pela poluição industrial, especialmente em comunidades de baixa renda e majoritariamente negras ou hispânicas.
“A ignorância do governo Trump só é superada por sua maldade para com o planeta”, criticou Jason Rylander, diretor jurídico do Centro para Diversidade Biológica. “Mesmo com inundações, incêndios violentos e ondas de calor mortais, Trump está determinado a colocar os lucros dos poluidores à frente da vida das pessoas.”
Os Estados Unidos são o segundo maior emissor de carbono do mundo, atrás apenas da China, e o maior emissor histórico de gases de efeito estufa. Ambientalistas prometem contestar as medidas nos tribunais.
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