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Economia

Com Lula, Brasil registra a menor taxa de desemprego da série histórica e a maior renda real do trabalhador

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O mercado de trabalho brasileiro vive um dos seus melhores momentos, com uma taxa de desemprego em 6,9%, nível comparável ao de 2014, considerado o mais baixo da série histórica. Segundo o jornal O Globo, especialistas esperam que essa taxa caia para perto de 6% até o final do ano, um patamar que pode ser visto como inferior ao pleno emprego. 

De acordo com Bráulio Borges, economista da LCA Consultores, o pleno emprego já foi atingido em janeiro, quando a taxa de desemprego estava próxima de 8%. Borges calcula que esse é o nível que não exerce pressão sobre a inflação. Ele destaca que essa taxa de equilíbrio caiu, sendo que em 2021 ele a estimava em 9,5%. 

A Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua do IBGE mostra que no segundo trimestre deste ano, 352 mil pessoas foram contratadas na construção civil, um aumento de 4,9%, acima da média geral de 3%. Além do mercado aquecido, a digitalização acelerada durante a pandemia criou alternativas de trabalho mais atraentes, como em plataformas digitais, que competem com o trabalho braçal nos canteiros de obras.

Apesar disso, ainda existem 7,5 milhões de brasileiros em busca de emprego. Especialistas apontam que a alta rotatividade e a rigidez do mercado de trabalho, somadas à falta de qualificação e baixa produtividade, são alguns dos fatores que explicam essa contradição. No setor de restaurantes, por exemplo, a rotatividade chega a 50%, o que significa que metade do pessoal é reposta a cada ano.

Mesmo com a taxa de desemprego no Brasil em níveis baixos, ela ainda é maior do que a média dos países do G20, a média mundial, dos países de alta renda e da América Latina, segundo Marcos Hecksher, pesquisador do Ipea. Além disso, o país ainda tem mais pessoas desalentadas e trabalhando menos horas do que gostariam, em comparação com 2014.

O setor de serviços, que lidera a oferta de vagas formais e foi fortemente impactado pela pandemia, agora enfrenta dificuldades para contratar. Segundo a Associação Brasileira de Bares e Restaurantes, o setor opera com 20% menos mão de obra do que antes da pandemia, apesar do aumento de 15% nas vendas. Há uma demanda por 300 mil trabalhadores, conforme relata Paulo Solmucci, presidente da entidade. Com a crise, o setor de serviços viu uma queda de 6 milhões para 5,10 milhões de trabalhadores. A automação é uma saída para o gargalo, com cozinhas adotando fornos combinados que realizam várias funções ao mesmo tempo.

Ainda conforme a reportagem, a maior abrangência dos benefícios sociais pode estar contribuindo para a diminuição da participação dos trabalhadores menos qualificados no mercado de trabalho, cujos ganhos subiram 19,47% de 2019 a 2024. Mesmo assim, esses trabalhadores ainda ganham em média R$ 1.399, menos que o salário mínimo formal de R$ 1.412. Apesar disso, o rendimento médio real habitualmente recebido cresceu 12,4% sobre o registrado em 2022. 

Imagem reproduzida da Internet

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