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Está no g1
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou que países, como Brasil e Chile, precisam de instituições fortes e perenes que atuem na defesa da democracia.
O petista deu a declaração após participar de reunião no Palácio do Planalto com o presidente do Chile, Gabriel Boric, que, assim como Lula, é de esquerda. Para Lula, os regimes democráticos podem correr riscos se forem presididos por políticos de extrema-direita.
“A geopolítica do mundo não é feita de ocasiões, ela tem que ser perene. E nós precisamos construir com instituições que deem segurança ao exercício da democracia, independentemente de quem seja o presidente da República. Como será o Brasil quando eu não for mais presidente, se entrar a extrema-direita aqui? Como será o Chile se entrar uma extrema-direita no Chile?”, declarou.
Na sequência, o presidente comentou a guinada na geopolítica norte-americana com a saída do democrata Joe Biden e a entrada do republicano Donald Trump na Casa Branca, que tem promovido um “tarifaço” sobre produtos importados pelos Estados Unidos – a medida tem afetado vários países.
Para Lula, além da consolidação da democracia, é necessário fortalecer o multilateralismo comercial.
“Você não quer guerra fria e eu não quero guerra fria. Eu não quero fazer opção entre Estados Unidos ou China. Eu quero ter relações com o Estados Unidos, quero ter relações com a China. Eu não quero ter preferência sobre um ou sobre outro […]. Eu quero negociar com todo o mundo. Eu quero vender e comprar, vender e comprar, vender e comprar, fazer parceria”, afirmou Lula.
O presidente do Chile, que discursou antes de Lula, também defendeu o multilateralismo e defendeu a união dos países para vencer desafios como crises migratórias, climáticas e sanitárias.
“Em um cenário de incerteza mundial, principalmente em matéria econômica, é mais relevante do que nunca reafirmar o nosso vínculo e dizemos aqui na América do Sul. Somos países amigos, vamos seguir trabalhando juntos e vamos seguir trabalhando juntos na defesa de princípios que nos importam, para o Chile a para o mundo: a democracia, o valor do multilateralismo e a importância da liberdade do comércio para benefício dos nossos povo”, disse Boric.
Ele afirmou também que o Chile é contra uma guerra comercial e a politização arbitrária do comércio mundial.
Acordos com o Chile
Nesta terça, os presidentes de Brasil e China assinaram uma série de acordos bilaterais, como:
Divergências entre Lula e Boric
A visita de Gabriel Boric marca as comemorações do Dia da Amizade entre os dois países. O 22 de abril é a data em que as relações diplomáticas entre Brasil e Chile foram estabelecidas, em 1836.
Apesar de fazerem parte do mesmo campo político, Boric e Lula têm divergido em questões internacionais importantes, como a crise na Venezuela e a guerra na Ucrânia.
Enquanto Lula tem adotado uma postura mais conciliadora e crítica às sanções impostas pelos Estados Unidos ao governo de Nicolás Maduro, o chileno tem sido um crítico das violações de direitos humanos na Venezuela.
Além disso, Boric defende uma posição mais firme de condenação da invasão russa na Ucrânia por parte dos países da América do Sul, enquanto o petista defende uma saída negociada e de consenso entre os dois países para o fim do conflito.
Imagem: TV Cultura
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