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A governadora do Rio Grande do Norte, Fátima Bezerra (PT), participou na quarta-feira (11), em Belém/PA, durante a COP-30, do lançamento do Plano Brasil Nordeste de Transformação Ecológica (PTE-NE), juntamente com outros governadores de toda a região.

O Plano é um instrumento de planejamento estratégico construído de forma participativa para o Nordeste brasileiro e busca orientar a transição ecológica com base nas vocações regionais e na valorização dos ativos do território, com o objetivo de implementar um modelo de desenvolvimento regenerativo, inclusivo e de baixo carbono.

A elaboração do PTE-NE contou com a colaboração de movimentos sociais, da academia, comunidades tradicionais, povos originários, setor produtivo e gestores públicos, com a pretensão de ser um “documento-guia” para um futuro mais sustentável, resiliente, justo e próspero para a região.

“Somos a região com maior potencial de energias renováveis do planeta — solar, eólica, biomassa, hidrogênio verde. Somos o território da Caatinga, o único bioma exclusivamente nacional, e guardamos uma biodiversidade que é riqueza natural e cultural do Brasil. Mas, acima de tudo, somos uma região de gente criativa, trabalhadora e profundamente comprometida com o futuro. Este Plano é a prova de que o Nordeste não quer apenas se adaptar à transição verde — quer liderá-la. Quer mostrar ao Brasil e ao mundo que é possível crescer gerando emprego, renda e dignidade, sem destruir o meio ambiente. Quer provar que a justiça social e a justiça climática caminham juntas”, exaltou a governadora em seu discurso.

Dentre as atividades prioritárias do PTE-NE estão a transformação ecológica de forma inclusiva; a promoção e a redução das desigualdades, fortalecendo políticas que articulem geração de emprego, acesso à terra, igualdade de gênero e oportunidades para a juventude; a ampliação da liderança em energia solar, eólica, biomassa e hidrogênio verde, garantindo que a energia seja acessível, estável e regulada de forma justa; e investimentos na valorização da Caatinga e de outros biomas, além do fortalecimento da agricultura familiar e da promoção da agroecologia, incluindo recaatingamento e o desenvolvimento de cadeias produtivas de bioinsumos e produtos da sociobiodiversidade.

“No Rio Grande do Norte, já temos dado passos concretos nesse caminho. Fomos o primeiro estado brasileiro a regulamentar o Fundo Estadual de Combate à Desertificação, assegurando governança e recursos permanentes para restaurar áreas degradadas e investir em tecnologias sociais de convivência com o Semiárido”, encerrou a governadora.

Imagem: Assecom/RN