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Está no Brasil 247
Em acareação realizada no Supremo Tribunal Federal (STF), o tenente-coronel Mauro Cid reafirmou que recebeu do general da reserva e ex-ministro Braga Netto uma quantia em dinheiro vivo, acondicionada em uma caixa de vinho. Segundo sua defesa, ao lhe entregar o pacote, o general teria dito: “esse era o dinheiro que você havia me pedido anteriormente”, relata o jornal O Globo.
Na audiência conduzida pelo ministro do STF Alexandre de Moraes, com participação do ministro Luiz Fux e do procurador-geral da República, Paulo Gonet, Cid reiterou que o episódio ocorreu na residência oficial da Presidência da República, o Palácio da Alvorada. Conforme declarou, o dinheiro foi colocado sob sua mesa na sala da ajudância de ordens, e depois entregue ao major Rafael de Oliveira, um dos militares do grupo conhecido como “kids pretos”, denunciados por envolvimento em uma tentativa de golpe de Estado. Cid, no entanto, não soube precisar o local exato da segunda entrega, limitando-se a dizer que foi nas dependências do Alvorada.
Após a acareação, a defesa do general Braga Netto negou veementemente a versão apresentada, disse que Cid mente e afirmou que pedirá novamente a anulação da colaboração premiada do delator. “O general Braga Netto chamou de mentiroso em duas oportunidades o senhor Mauro Cid, que permaneceu durante todo o ato com a cabeça baixa. Ele não retrucou quando teve a oportunidade de falar (…) Mauro Cid se contradisse mais ainda. Estava constrangido, de cabeça baixa”, declarou o advogado José Luis de Oliveira, conhecido como Juca, ao deixar o Supremo.
Diante da divergência, os advogados de Cid anunciaram que solicitarão ao STF acesso às imagens das câmeras de segurança e à lista de entrada e saída do Palácio da Alvorada, com o objetivo de confirmar a movimentação no local no período da suposta entrega.
Outro ponto de conflito abordado na acareação diz respeito a uma reunião ocorrida no final de 2022 na residência de Braga Netto. Cid manteve a versão de que deixou o encontro antes do encerramento, enquanto o general afirmou que ele e os dois militares das Forças Especiais — também “kids pretos” — saíram juntos do apartamento. Segundo investigações da Polícia Federal, essa reunião teria sido o marco inicial da preparação de um plano para impedir a posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). A partir dela, teria sido definida a necessidade de levantar os recursos financeiros, que, posteriormente, teriam sido repassados a Cid.
A sessão de acareação foi encerrada pouco depois do meio-dia, após quase duas horas de duração. As acareações foram solicitadas pelas defesas de Braga Netto e de Anderson Torres, também ex-ministro, que deve ser confrontado em seguida com o ex-comandante do Exército Marco Antônio Freire Gomes. As audiências não estão sendo gravadas.
Foto reproduzida da Internet
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