Editorial

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O terceiro turno nas redes sociais

Ao menos nas redes sociais – Twitter e Facebook – o terceiro turno das eleições presidenciais está existindo. Desde o resultado final no último domingo, quando o TSE anunciou oficialmente a reeleição da presidenta Dilma, observa-se nas redes a insatisfação e até a não aceitação dos eleitores de Aécio Neves com a derrota do tucano.

São manifestações de pedido de impeachment, de denúncias de fraudes no pleito, Fora Dilma, medo de que o Brasil vá se transformar numa nova Cuba ou numa nova Venezuela, e até, pasme, pedido para que os militares voltem ao poder.

Confesso que estou surpreso, apesar de reconhecer que a campanha presidencial foi acirrada e muito bem disputada. Mas não esperava que levassem a coisa para o terceiro turno.

O direito a escolha faz parte do processo democrático. E Dilma Ruosseff foi reeleita porque a maioria entendeu assim. Resta agora quem ficou na oposição cobrar e ficar vigilante. Esse é o papel da oposição.

Querer impingir um terceiro turno agora, como querem alguns nas redes sociais, é ir contra a democracia, conquistada a duras penas por nós brasileiros.

O governo Dilma, assim como todos os governos, tem seus pontos vulneráveis, mas daí querer impedi-la de governar o país são outros quinhentos. Cobre-se do Congresso Nacional uma vigilância sobre o Executivo. Cobre-se do Congresso Nacional a não cooptação do governo a certos parlamentares. Cobre-se do Congresso Nacional o não alinhamento automático com o governo em troca de favores ou o toma lá da cá.

Isso sim, o cidadão-eleitor deve cobrar, afinal, quer queira quer não Dilma foi eleita pela maioria dos brasileiros. Isso é um fato inconteste. Terceiro turno é golpe na democracia.

 

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