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Coletânea de Causos

Que causos são esses, Barbosa?

Incentivado por amigos resolvi escrever também causos particulares vivenciados ao longo dos anos. Alguns relatos são hilários, e dignos de levar ao programa Que História é Essa, Porchat. Seguem os causos em forma de coletânea.

Política

Em encontro com Hugo Motta, Lula cobra cassação de Eduardo Bolsonaro na Câmara

Está no Brasil 247

O presidente Lula (PT) pediu pessoalmente ao presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), que a Casa adote medidas contra Eduardo Bolsonaro (PL-SP), filho de Jair Bolsonaro (PL). Segundo informações publicadas pela Folha de S.Paulo, Lula defendeu em mais de uma ocasião que o parlamentar perca o mandato em razão de suas ações no exterior.

Os encontros ocorreram no Palácio da Alvorada, em Brasília, e reuniram também outros políticos. Relatos de participantes apontam que Lula demonstrou indignação com o comportamento de Eduardo Bolsonaro nos Estados Unidos e disse que a Câmara não poderia se manter inerte, chegando a sugerir a cassação como caminho. Motta, de acordo com esses relatos, limitou-se a ouvir em silêncio.

Indiciamento pela Polícia Federal

A Polícia Federal indiciou Jair Bolsonaro e Eduardo Bolsonaro sob suspeita de obstrução das investigações sobre a tentativa de golpe que tramita no Supremo Tribunal Federal (STF). O relatório final foi entregue ao tribunal no dia 15 de agosto.

Fontes próximas ao governo ressaltam que o pedido de Lula a Motta ocorreu antes do indiciamento, mas já refletia a preocupação do Planalto com os efeitos da atuação internacional do deputado. Mesmo ciente da pressão que Motta sofre de diferentes partidos — já que sua eleição para presidir a Câmara contou com apoio de PT e PL —, Lula teria insistido que a Casa precisa dar uma resposta institucional.

Críticas públicas de Lula

O presidente não tem escondido sua insatisfação. Em 14 de agosto, durante agenda em Pernambuco, Lula foi direto: “Ele [o ex-presidente Jair Bolsonaro] mandou o filho para os Estados Unidos. Filho que é deputado federal e vocês [deputados] têm que pedir a cassação dele porque ele está traindo o país. Esta é a verdadeira traição da pátria. Ele foi para lá para instigar os americanos contra nós. Não dá para a gente ficar quieto”.

Atuação nos Estados Unidos

Eduardo Bolsonaro deixou o Brasil em março, alegando receio de que o ministro Alexandre de Moraes, do STF, determinasse a apreensão de seu passaporte. Desde então, passou a se movimentar em Washington para pressionar o governo norte-americano a adotar sanções contra autoridades brasileiras, na tentativa de aliviar a situação de seu pai, réu por tentativa de golpe.

Nos bastidores, o parlamentar também foi apontado como articulador da sobretaxa de 50% imposta pelo governo de Donald Trump, atual presidente dos Estados Unidos, a produtos brasileiros.

Reação da Câmara

Apesar da pressão de Lula e da base aliada, aliados próximos a Hugo Motta avaliam ser improvável que a Câmara leve adiante um processo de cassação. Um dos conselheiros do presidente da Casa disse, em caráter reservado, que a postura de Eduardo traz desgaste político à família Bolsonaro, mas não à imagem do Legislativo.

Ainda assim, Motta encaminhou ao Conselho de Ética representações apresentadas por PT e Psol contra Eduardo. O colegiado pode aplicar desde advertências até a cassação, dependendo do andamento do processo.

Ausência e risco de perda de mandato

Sem previsão de retorno ao Brasil, Eduardo se licenciou do cargo em março, mas não retomou a função após o fim do afastamento, em julho. Desde então, acumula faltas nas sessões plenárias. A Constituição prevê perda de mandato por excesso de ausências, mas apenas quando a análise ocorre no ano seguinte. Na prática, Eduardo não poderá ser punido por faltas antes de 2026.

Defesa de Eduardo Bolsonaro

Em nota, o deputado afirmou que sua atuação nos Estados Unidos não busca interferir em processos judiciais no Brasil e classificou como “crime absolutamente delirante” as acusações da Polícia Federal. Ele também chamou de “lamentável e vergonhoso” o que descreveu como vazamento de conversas privadas com o pai.

Segundo o relatório final da investigação, mensagens mostram momentos de tensão entre pai e filho, com Eduardo chegando a xingar Jair Bolsonaro após declarações públicas em que foi chamado de imaturo. Mesmo assim, o parlamentar mantém sua agenda em Washington, onde, recentemente, relatou a aliados de Donald Trump os efeitos das sanções impostas ao Brasil e discutiu novas medidas contra autoridades brasileiras.

Foto reproduzida da Internet

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