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Está no Brasil 247
O diretor de Política Monetária e futuro presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, afirmou que a instituição não irá “segurar o câmbio no peito”, descartando uma possível intervenção no dólar. As declarações foram dadas durante um evento promovido pela XP Investimentos, em meio à disparada da moeda americana, que atingiu o recorde nominal de R$ 6,06 no fechamento do mercado.
Em resposta a críticas recentes, incluindo as da presidente do PT, Gleisi Hoffmann, que acusou o Banco Central de inação diante do que chamou de “especulação”, Galípolo explicou que a autoridade monetária só intervém em caso de disfuncionalidade. “Quem está no mercado sabe que não é assim que funciona. O Banco Central só atua quando há desordem nos mercados”, afirmou, conforme reporta a Folha de S. Paulo.
Ele também sugeriu que políticas fiscais progressivas podem ter impulsionado o consumo, contribuindo para uma inflação mais dinâmica do que o esperado. “Talvez a progressividade da política fiscal tenha colocado mais dinheiro na mão de pessoas com propensão a gastar”, analisou.
Reações do mercado e crise de confiança
A alta do dólar reflete tanto fatores internos quanto externos. O recente pacote de corte de gastos anunciado pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, gerou frustração nos mercados pela falta de medidas de maior impacto fiscal, enquanto a ampliação da faixa de isenção do Imposto de Renda elevou a incerteza sobre a arrecadação futura.
Galípolo comentou a reação inicial do mercado ao pacote, mencionando a necessidade de “digerir as informações” e ressaltando a importância de transparência na comunicação do governo. “O Ministério da Fazenda seguirá explicando as medidas com clareza para evitar volatilidades desnecessárias”, declarou.
Política monetária restritiva e inflação
Galípolo também destacou que o atual cenário econômico, com desemprego em mínimas históricas e o real desvalorizado, exige a manutenção de uma política monetária mais restritiva. “Isso indica a necessidade de manter a Selic elevada por mais tempo”, afirmou, referindo-se à taxa básica de juros, atualmente em 11,25% ao ano após um aumento recente de 0,5 ponto percentual.
Contexto internacional e impacto no câmbio
No cenário externo, novas ameaças tarifárias do presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, contribuíram para a valorização global do dólar. Trump prometeu sanções de 100% a países que apoiarem iniciativas para substituir o dólar como moeda de referência, além de tarifas adicionais contra China, México e Canadá. Esses fatores aumentam a pressão sobre o real, já fragilizado pela conjuntura econômica local.
Apesar das críticas, Gabriel Galípolo reafirmou o compromisso do Banco Central com a meta de inflação, descartando qualquer possibilidade de alteração. “Esse é um não tema para o Banco Central. O nosso trabalho é perseguir a meta, e temos os instrumentos necessários para isso”, concluiu.
Foto reproduzida da Internet
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