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Política

Gilmar Mendes quer julgar Bolsonaro em 2025 para evitar `tumulto´ nas eleições de 2026

Está no Brasil 247

O ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), afirmou que espera julgar a denúncia contra o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) por tentativa de golpe ainda em 2025, informa o Valor Econômico. Na avaliação de Mendes, o julgamento de Bolsonaro e seus aliados em 2025 evitaria “tumultos” nas eleições presidenciais de 2026.

Em entrevista ao veículo Brasil Confidencial, o ministro disse que o julgamento sobre a tentativa de golpe não deve demorar para acontecer e que, caso surjam novos acusados, as denúncias podem ser fatiadas. 

Sobre o relatório feito pela Polícia Federal sobre a tentativa de golpe, Gilmar disse que a investigação foi “extremamente bem-feita”. “Tudo impressiona”, disse sobre os detalhes da investigação conduzida pela PF. O procurador-geral da República, Paulo Gonet, ainda analisa o relatório da PF e decidirá se apresentará denúncia, pedirá arquivamento ou requisitará investigações complementares.

Na opinião do ministro, um dos pontos que mais impressionou na trama golpista foi o vídeo da reunião ministerial de 5 de julho de 2022, onde o ex-presidente Bolsonaro e seus ministros discutem abertamente um possível golpe, incluindo a tentativa de constranger ministros do STF. “Fiquei particularmente impressionado com a reunião em que altas figuras da república falaram abertamente de constranger ministros do STF”, afirmou Mendes.

Gilmar Mendes manifestou sua preocupação com as revelações da PF sobre o planejamento para a morte do ministro Alexandre de Moraes, algo que ele considera um reflexo da primeira grande crise pós-redemocratização envolvendo o “invólucro” militar. O ministro voltou a defender que membros das Forças Armadas e da Polícia Militar não ocupem cargos civis se não estiverem afastados, como na reserva. “Não parece adequado que um militar que não está na reserva ocupe um cargo civil”, afirmou.

Ele citou como exemplo o caso do ex-ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, que, segundo Mendes, simbolizou um “grande desastre” ao ser designado para comandar a pasta no período crítico da pandemia de Covid-19. “Foi uma grande irresponsabilidade”, disse Mendes, que, por outro lado, elogiou a “atitude responsável” dos comandos militares ao rejeitarem o golpe.

O ministro também comentou sobre a decisão de Moraes de não liberar o passaporte de Bolsonaro para que o ex-presidente viajasse para a posse de Donald Trump como presidente dos Estados Unidos.  Mendes afirmou que Moraes preferiu “não correr risco” diante de um tema “delicado” e que o momento de oferecer a denúncia estava próximo. “Estamos às vésperas de um eventual oferecimento de denúncia nesse tema, é um tema delicado, buliçoso, e ele [Moraes] preferiu não correr risco”, explicou.

Foto reproduzida da Internet

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