Política

Heleno abriga no Programa Nuclear o bolsonarista da PRF Silvinei Vasques, alvo de ação de improbidade

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O Ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) da Presidência da República, Augusto Heleno designou para a Comissão de Coordenação da Proteção ao Programa Nuclear Brasileiro o diretor-geral da Polícia Rodoviária Federal (PRF), Silvinei Vasques, aliado de Jair Bolsonaro (PL) acusado de improbidade administrativa e uso indevido do cargo para beneficiar a candidatura à reeleição do chefe do Executivo. Além de Silvinei, Heleno também indicou o diretor-geral da Polícia Federal (PF), Márcio Nunes de Oliveira. O documento diz que a participação na Comissão ‘será considerada prestação de serviço público relevante, não remunerada’.

Segundo Fausto Macedo, do Estado de S. Paulo, a portaria de Heleno foi assinada no último dia 6, data em que se encerrariam as férias do chefe da PRF.  Silvinei saiu de férias após forte pressão sobre a corporação em consequência de sua atuação no segundo turno das eleições. A PRF fez ações que dificultaram o acesso de eleitores às urnas eletrônicas – principalmente no Nordeste, onde há mais apoiadores do agora presidente diplomado, Luiz Inácio Lula da Silva. O chefe da PRF ainda declarou publicamente apoio a Bolsonaro e, para finalizar, foi acusado de omissão diante do protesto de bolsonaristas nas estradas contra o resultado legítimo das eleições.

Silvinei é alvo de um pedido de afastamento do cargo, que está pendente de apreciação na Justiça Federal do Rio de Janeiro. 

Na ação levada à Justiça, a Procuradoria da República no Rio afirma que Silvinei teve a ‘intenção clara’ de promover uma ‘verdadeira propaganda político-partidária e promoção pessoal de autoridade com fins eleitorais’.  O Ministério Público ainda cita o fato de Silvinei ter pedido votos para Bolsonaro nas redes sociais, o que não poderia ser ‘dissociado’ do ‘clima de instabilidade e confronto instaurado durante o deslocamento de eleitores no dia do segundo turno das eleições e após a divulgação oficial do resultado pelo TSE’.

Além da ação que o acusa de improbidade, Silvinei está na mira da Polícia Federal sob suspeita de prevaricação, violência política e omissão. A investigação é conduzida pela Superintendência da PF no Distrito Federal e apura a conduta do chefe da PRF diante da desmobilização de atos que bloquearam estradas federais após a derrota de Bolsonaro nas urnas.

Foto reproduzida da Internet

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