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O jornalista Gyro Gearloose voltou a entrevistar, com exclusividade para o blog, o agora presidente de Barril, Miguel Tempo, já empossado na cadeira de presidente, após o impeachment sofrido pelo titular do cargo que terá 180 dias para provar sua inocência.
Segundo Miguel Tempo, as primeiras medidas de seu governo serão em doses homeopáticas para o povo não sentir de uma só vez o amargo das medidas. De acordo com ele, o novo governo de Barril, que tem o apoio da classe empresarial financiadora do impeachment, será uma reforma na lei trabalhista para acabar com as regalias da classe trabalhadora principalmente daqueles sindicalistas que só querem fumar charutos cubanos. Eís a entrevista:
1- Gyro Gearloose – Presidente. Qual serão as primeiras medidas a serem adotadas no seu governo após o golpe (ô, desculpa, após o impeachment)?
Miguel Tempo – Pretendo fazer um governo austero como combinado com os empresários de Barril. Um governo onde uma das primeiras medidas a serem adotadas é a reforma trabalhista, exigência essa da classe produtora de Barril. Será uma reforma na lei trabalhista para acabar com as regalias da classe trabalhadora principalmente daqueles sindicalistas que só querem fumar charutos cubanos.
2-Gyro Gearloose – O Sr. não teme (sem trocadilhos) uma reação dos sindicatos com essa reforma?
Miguel Tempo – Sindicatos, que sindicatos? Isso era coisa que era falado no governo passado. O meu compromisso agora é com a classe produtora de Barril que financia as minhas campanhas e dos meus aliados.
3-Gyro Gearloose – Que outra reforma pode sair do papel, Sr presidente?
Miguel Tempo – A da Previdência. Dizem que Barril está ficando um país velho. Já fizemos um amplo estudo e chegamos a conclusão que Barril está ficando velho porque as pessoas estão se aposentando muito cedo, com 60 anos, por exemplo. Vamos ampliar para 100 anos. Até 100 anos os barrileiros têm ainda condições de trabalhar e contribuir para o país. Não vou temer em colocar essa reforma em prática.
4-Gyro Gearloose – A intenção de mexer na legislação trabalhista está prevista no documento Viaduto para o Além, apresentado pelo Partido do Sr no final do ano passado, com propostas para mudanças na economia. Avaliado como extremamente liberal, o documento trata de questões como diminuição e reforma do Estado, controle dos gastos públicos, entre outros temas, indicando o pensamento do Sr. O presidente espera apoio do Congresso de Barril para estas medidas?
Miguel Tempo – Claro, o Congresso tá comigo. Por que temer?
5-Gyro Gearloose – O presidente, então, considera que a votação significativa a favor do golpe (ô, essa minha mania de interpretar impeachment como sendo golpe) contra o presidente na Câmara e no Senado, deu ao Sr a certeza de que terá uma boa base de apoio no Congresso de Barril? O Sr não teme o contrário?
Miguel Tempo – Como temer. Essa é uma palavra que não tem no meu dicionário, caro jornalista.
6-Gyro Gearloose – O novo presidente da Associação dos Carroceiros de Barril defendeu a flexibilização da legislação trabalhista e a supremacia dos acordos entre patrões e empregados. O que o Sr acha?
Miguel Tempo – Repito o que já disse antes. Não devemos temer qualquer medida que possa por ventura desagradar a classe trabalhadora. Vou trabalhar pelo bem de Barril. Defenderei dentro do programa do meu partido “Viaduto para o Além”, a flexibilização da legislação trabalhista e a supremacia dos acordos entre patrões e empregados. É isso que a classe produtiva de Barril quer e não posso desagradá-los. Temer o quê?
7-Gyro Gearloose – Mas o que é na essência esse programa “Viaduto para o Além”?
Miguel Tempo – É um programa que não se deve temer de colocá-lo em prática. Em síntese significa uma questão de maturidade. As reformas fazem parte de um programa pensado por mim para reaquecer a economia, garantir o aumento dos empregos e um bom ambiente de negócios. Isso é um pleito das classes produtoras de Barril.
8-Gyro Gearloose – Presidente, essas reformas pretendidas pelo Sr serão enviadas ao Congresso logo?
Miguel Tempo – Claro, temer enviá-las ao Congresso agora quando tenho a maioria na Casa contradiz o documento ” Viaduto para o Além”, que trata de questões como diminuição e reforma do Estado, controle dos gastos públicos, entre outros temas..
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