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O jornalista Gyro Gearloose, correspondente do Blog em Barril (paÃs que fica nos cafundós do Judas na América do Sul), conseguiu a muito custo e esforço mais uma entrevista com o presidente de Barril, Miguel Tempo. Desta feita sobre privatizações. Após provocar o maior rombo fiscal da história de Barril, Miguel Tempo agora pretende transferir ao setor privado a residência oficial – Palácio do Jabuti. Detalhe: o Jabuti integra um pacote com 57 projetos para serem privatizados; na lista estão 14 aeroportos, 11 blocos de linhas de transmissão de energia elétrica, 15 terminais portuários, rodovias e empresas públicas. O governo de Miguel Tempo disse que espera investimentos de pelo menos R$ 44 bilhões, sendo que metade deste valor deverá entrar nos primeiros cinco anos do projeto; não chega nem à metade do rombo histórico de R$ 159 bilhões previstos para este ano em Barril. A seguir a entrevista na Ãntegra:
1 – Gyro Gearloose – Por que o Palácio do Jabuti está na lista de privatizações que o Sr. pretende realizar em Barril?
Miguel Tempo – Quero dar exemplo ao povo de Barril nestes tempos de crise que o nosso paÃs enfrenta. Vendendo o Palácio do Jabuti vou morar com a minha famÃlia na sede do governo. Lá tem uma suÃte que a gente usa para fazer algumas festinhas particulares, sabe como é né? Preciso de vez em quando promover estas festas juntamente com alguns amigos parlamentares. Mas, como disse, isso vai acabar e o dinheiro da venda do Palácio Jabuti vai cobrir parte do déficit que o governo enfrenta. É um sacrifÃcio que o povo entenderá com toda certeza.
2- Gyro Gearloose – E por que o Sr acha que o povo entenderá?
Miguel Tempo – Ora meu caro Gearloose. Quando falo o povo falo da classe média de Barril que está comigo desde que eu dei o golpe. Ô desculpa, é o hábito de ler essa imprensa alternativa que diz que eu dei um golpe. Quero dizer, quando assumi a Presidência de Barril.
3- Gyro Gearloose – Mas não é isso que se tem observado. Barril está literalmente dividido, presidente.
Miguel Tempo – Engano seu, meu caro. A classe média e a elite de Barril me apóia. Você já viu por acaso alguém ir para as varandas gourmets bater panela. Você já viu pixulecos em passeatas promovidas pela classe média com a minha pessoa?Você já viu a classe média reclamar do reajuste dos combustÃveis, da reforma trabalhista. Não, isso não ocorre em Barril. Só se ocorre em seu paÃs, o Brasil, porque aqui a classe média tá fechada com o meu governo.
4- Gyro Gearloose – Mas as pesquisas com relação ao seu governo não dizem isso. O que as pesquisas apontam é que tanto o Sr como o seu governo estão em baixa.
Miguel Tempo – Isso é outro equÃvoco. Estas pesquisas a que você se refere são manipuladas. Elas são feitas na periferia onde o povão tá contra o meu governo. Porque se fossem feitas em bairros de classe média você veria que a minha aprovação é boa. Tanto a minha quanto a do meu governo. Nós com o golpe – ato falho, desculpe – conseguimos afastar aqueles comedores de mortadela e que só fumam charuto cubano do governo. Isso era o que a classe média e a elite de Barril queria. Então, sendo assim, tenho absoluta certeza que tenho a aprovação destas classes sociais.
5 – Gyro Gearloose –Â O Sr acredita mesmo nisso?
Miguel Tempo – Não só acredito como tenho plena convicção.
6- Gyro Gearloose – Mas o que se comenta é que se o Sr sofrer impeachment, como quer a oposição, o Sr poderá ser preso.
Miguel Tempo – Isso é o tipo do comentário capcioso, maldoso. Por que eu seria preso? Não cometi nenhum crime.
7- Gyro Gearloose – Mas existem suspeitas sobre o Sr. O próprio procurador-geral de Barril fala sobre isso.
Miguel Tempo – Aquele procurador não sabe o que diz. Ainda bem que ele já tá próximo de deixar o cargo. Quem vai assumir a PGR de Barril é da minha inteira confiança, inclusive, já tivemos uma conversa em particular, fora da agenda, no Palácio do Jabuti.
8- Gyro Gearloose – O Sr pretende disputar a eleição Presidencial de 2018 em Barril?
Miguel Tempo – Não pensei nisso ainda, mas como estou bem avaliado pela classe média e a elite de Barril, que são classes pensantes e formadora de opinião, não descarto essa possibilidade. O meu partido deve mudar de nome e aà fica mais fácil a gente criar credibilidade para uma eventual candidatura, porque atualmente a sigla tá muito desgastada. A oposição fica criando coisas, colocando chifre em cabeça de cavalo para desgastar a mim e ao meu partido, mas não conseguem.
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