O blog cria um novo espaço pra relembrar causos e editoriais, clique aqui para acessar o e-book.
Arquivos
Links Rápidos
Categorias
O blog cria um novo espaço pra relembrar causos e editoriais, clique aqui para acessar o e-book.
Está no g1
O Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) denunciou por intolerância religiosa a empresária e influenciadora Michele Dias Abreu, de 43 anos, por associar a tragédia climática no Rio Grande do Sul às religiões de matriz africana. A mulher é moradora de Governador Valadares, na Região dos Vales de Minas Gerais.
Em um vídeo publicado nas redes sociais, no dia 5 de maio, Michele disse que o que os temporais e enchentes que deixaram mais de 540 mil pessoas desalojadas, 154 mortas e outras 94 desaparecidas foram motivados pela “ira de Deus”. As falas foram compartilhadas com quase 32 mil seguidores, e o vídeo chegou a três milhões de visualizações, segundo o Ministério Público.
O g1 tentou contato com a defesa da mulher na noite desta sexta-feira (17), mas não havia obtido retorno até a atualização mais recente desta reportagem.
“O estado do Rio Grande do Sul é o estado com maior número de terreiros de macumba. Alguns profetas já estavam anunciando algo que iria acontecer devido a ira de Deus. As pessoas estão brincando […] misturando aquilo que é santo, e Deus não divide sua honra com ninguém”, disse Michele Dias na publicação.
No Brasil, a punição para pessoas que cometem intolerância religiosa é a mesma prevista pelo crime de racismo, quando a ofensa discriminatória é contra grupo ou coletividade, pela raça ou pela cor (veja mais abaixo).
Na denúncia à Justiça, a promotoria afirma que a influenciadora não só cometeu um crime como induziu milhares de pessoas “à discriminação, ao preconceito e à intolerância contra as religiões de matriz africana”.
Na denúncia, o MPMG também pede que a mulher fique proibida de sair do país sem autorização judicial e de fazer novas postagens sobre religiões de matriz africana ou com conteúdos falsos relacionados à tragédia no Rio Grande do Sul.
Após a repercussão negativa, a influenciadora privou as redes sociais. Em seu canal em uma plataforma de vídeos, a acusada se apresenta como diretora de uma rede de laboratórios em Minas Gerais.
Imagens: Metrópoles
Deixe uma resposta