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Coletânea de Causos

Que causos são esses, Barbosa?

Incentivado por amigos resolvi escrever também causos particulares vivenciados ao longo dos anos. Alguns relatos são hilários, e dignos de levar ao programa Que História é Essa, Porchat. Seguem os causos em forma de coletânea.

Política

Jorge Messias amplia diálogo com evangélicos e busca apoio para chegar ao STF

Está no Brasil 247

Cotado para uma vaga no Supremo Tribunal Federal (STF), o advogado-geral da União, Jorge Messias, tem intensificado as articulações políticas e religiosas para consolidar sua possível indicação. A informação foi publicada pelo O Globo.

Messias, um dos auxiliares mais próximos do presidente Lula, vem atuando para unir apoios em campos distintos do meio evangélico — dos setores progressistas a lideranças conservadoras. Essa estratégia tem chamado atenção por poder resultar em um fato inédito na história do STF: a presença simultânea de dois ministros declaradamente evangélicos.

Raízes religiosas e atuação na igreja

Natural do Recife e criado em família evangélica, Messias mantém forte vínculo com a Igreja Batista Cristã de Brasília, onde é membro ativo desde 2016. Lá, já integrou o conselho fiscal e atua como diácono, função que envolve tarefas como o apoio à Santa Ceia e a recepção de fiéis durante os cultos.

O pastor da congregação, Sérgio Carazza — que foi secretário-executivo do Ministério da Mulher, Família e Direitos Humanos na gestão da senadora Damares Alves (Republicanos-DF) — destacou a fidelidade do ministro à comunidade:

“Messias é um evangélico raiz. Ele é de esquerda conservadora, que defende os valores cristãos e os trabalhadores. Sempre foi atuante e dizimista fiel, mesmo depois de se tornar ministro.”

Pontes com alas conservadoras e diálogo inter-religioso

Embora ocupe posição de destaque no governo Lula, Messias tem conseguido manter um diálogo respeitoso com líderes evangélicos próximos da direita. O pastor Silas Malafaia, por exemplo, afirmou não ver motivos para rejeitar sua eventual indicação:

 “Não vou usar o mesmo critério da esquerda, de bombardear qualquer um que for indicado. Minha divergência com ele é ideológica, mas não tenho nada contra a moral dele.”

Além de seu relacionamento com as chamadas “igrejas históricas”, como batistas e presbiterianas, Messias também vem se aproximando do campo pentecostal. Desde 2023, ele participa da Marcha para Jesus, organizada pelo bispo Estevam Hernandes, da Igreja Renascer em Cristo. No evento deste ano, foi aplaudido ao afirmar que “ama o apóstolo Estevam” e entregou ao líder religioso uma carta em nome do presidente Lula.

Apoio institucional e prestígio técnico

Entre juristas e entidades cristãs, Messias é reconhecido por conciliar fé e rigor jurídico. O professor Uziel Santana, diretor de assuntos internacionais da Associação Nacional dos Juristas Evangélicos (Anajure), elogiou sua trajetória:

 “Messias sempre foi um excelente nome técnico, mas que fez questão de afirmar a identidade evangélica. Isso é importante para nós.”

No debate sobre o Plano Nacional de Educação, Messias se posicionou contra tentativas de restringir o ensino religioso confessional em escolas católicas e evangélicas, amparando-se em decisões do STF que permitem esse tipo de atividade em instituições públicas.

Relação cordial com André Mendonça e o STF

A eventual indicação de Messias reacende o debate sobre a representatividade religiosa no Supremo. Caso seja confirmado, ele dividirá a Corte com André Mendonça, também evangélico e indicado durante o governo Bolsonaro. Os dois mantêm relação amistosa. Em um evento jurídico em Sergipe, Messias se referiu a Mendonça como

 “Uma pessoa por quem tenho muita admiração e um amigo.”

O advogado-geral também participou de conferências da bancada evangélica no Congresso, em que declarou orar “pela vida de cada parlamentar”, independentemente de divergências políticas.

Um elo entre Lula e o eleitorado evangélico

Dentro do PT, Messias é considerado uma figura estratégica por conseguir transitar entre o mundo jurídico e o religioso. No ano passado, participou de uma série de vídeos da Fundação Perseu Abramo intitulada O que pensam os evangélicos petistas, em que afirmou:

 “A laicidade do Estado é o que garante que minha fé seja exercida com tranquilidade.”

O pastor Cesário Silva, integrante do Movimento Evangélico Progressista (MEP), elogiou a atuação do ministro e expressou apoio à sua nomeação:

“Estamos, como evangélicos, todos orando para que isso possa acontecer.”

Um perfil técnico com sensibilidade social

Jorge Messias é hoje um dos auxiliares de maior confiança do presidente Lula. Sua trajetória combina sólida formação jurídica, dedicação ao serviço público e identidade religiosa afirmada — características que o colocam como um nome capaz de dialogar com diferentes setores da sociedade.

Com a aposentadoria antecipada do ministro Luís Roberto Barroso, o nome de Messias ganha força novamente. Mais do que uma disputa por uma cadeira no STF, sua eventual nomeação representa um gesto político de aproximação entre o governo e o crescente público evangélico brasileiro.

Foto reproduzida da Internet

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