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por Stella Galvão
Que resta a Micheque senão recorrer ao estoque lacrimal ou à simulação de sofrimento que só crédulos idiotizados ainda insistem em crer? A senhora que granjeou fama nos corredores do Congresso Nacional pela beleza e pela crença num bom partido para juntar as biografias rotas, inaugurou a sessão de choradeiras e gritarias na av. Paulista no último domingo de fevereiro deste ano da graça de 24. Tinha gado suficiente para fazer soar um berrante.
Mas o berro veio da ex-primeira que bradava, quando ainda convivia com as emas do Palácio da Alvorada, que o partido eleito era imbrochável. O referido aparentava um Frankenstein tresloucado, sem pregar o olho por saber-se o patrono de todos os golpistas deste solo varonil. E por sentir até o tic tac de um cronômetro em permanente ebulição. O pesadelo recorrente – ver o sol nascer quadrado – será amanhã, na semana que entra, no mês vindouro?
Trataremos o tema numa crônica da prisão anunciada. Aguardem.
Mas a dama que tem o seu cabeleireiro de estimação invocou Deus e sua paciência infinita para lidar com os e as caras de pau. Olha aí, vereador anti-linguagem neutra: elo não mandou nenhum raio ou trovoada sobre a multidão em transe. E o sinal?
Micheque também ensaiou lágrimas crocodilescas ao embargar a voz para afrontar o bom senso e dizer que ela e o inelegível foram postos na cadeira presidencial pelo todo-poderoso. Santa incoerência doméstica. No vídeo da famosa reunião do ex-governo cuja pauta foi o sonhado golpe, messias b. revelou a verdade do fato escatológico: ele tomar assento na cadeira presidencial foi uma “cagada”. Uma verdadeira heresia intestinal. E também lacrimosa, especialmente para o país que desceu àquele inferno.
Ilustração: Magwire Art
*Stella Galvão é jornalista, cronista e colaboradora do blogdobarbosa
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