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Política

Lindbergh aciona PGR por telefonema de Bolsonaro a Mourão antes de depoimento sobre trama golpista

Está no Brasil 247

O líder do PT na Câmara dos Deputados, Lindbergh Farias (RJ), apresentou uma representação à Procuradoria-Geral da República (PGR) solicitando providências em decorrência da declaração em que o senador Hamilton Mourão revelou ter recebido uma ligação de Jair Bolsonaro (PL), investigado por participar de uma trama golpista contra o Estado Democrático de Direito, pouco antes de prestar depoimento. As informações são da coluna da jornalista Bela Megale, do jornal O Globo.

Em uma entrevista ao Metrópoles, Mourão, que foi vice-presidente de Bolsonaro e agora atua como uma das testemunhas de defesa no processo em andamento no STF, afirmou que a conversa teve tom genérico, mas ressaltou que Bolsonaro pediu que ele reiterasse à Corte que nunca escutou discussões relacionadas a um golpe de Estado.

Para Lindbergh, a conduta do ex-mandatário pode configurar crime. No documento encaminhado à PGR, segundo a reportagem, o parlamentar argumenta que “o telefonema configura, em tese, obstrução à justiça, pois se insere na tentativa de embaraçar a investigação de infração penal”. Ele acrescenta que houve uma “tentativa de ingerência direta na produção probatória, comprometendo a independência do testemunho e violando o dever de não interferência previsto na legislação penal”.

Com base nesses elementos, o deputado federal requer a abertura de uma investigação criminal contra Jair Bolsonaro. Além disso, solicita a aplicação de medidas cautelares, como a proibição de manter qualquer contato – direto ou indireto – com testemunhas já ouvidas ou ainda a serem ouvidas no curso da ação penal que investiga a tentativa de golpe.

Lindbergh também pede que sejam requisitados os registros de chamadas, metadados e eventuais mensagens trocadas entre Bolsonaro e Hamilton Mourão, bem como uma nova oitiva do senador para que ele preste mais informações sobre o teor da ligação.

Foto reproduzida da Internet

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