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Coletânea de Causos

Que causos são esses, Barbosa?

Incentivado por amigos resolvi escrever também causos particulares vivenciados ao longo dos anos. Alguns relatos são hilários, e dignos de levar ao programa Que História é Essa, Porchat. Seguem os causos em forma de coletânea.

Economia, Política

Lula diz que sanções de Trump ao Brasil `têm teor político e ideológico´ e afirma que os EUA querem o fim do multilateralismo

Está no Brasil 247

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou que as sanções impostas pelos Estados Unidos ao Brasil têm “teor político e ideológico” e se inserem em uma ofensiva contra o multilateralismo. As declarações foram dadas no mesmo evento que marcou a assinatura da medida provisória ‘MP Brasil Soberano’, no qual Lula defendeu a busca por novos mercados e rechaçou acusações de violações de direitos humanos no país.

Segundo Lula, a resposta brasileira deve combinar serenidade, inovação e articulação com o Congresso. “O time do governo está passando a bola para o time da Câmara e do Senado. A bola está com vocês”, disse, ao elogiar o trabalho das equipes de Geraldo Alckmin e Fernando Haddad. Para o presidente, crises não devem paralisar o país: “A crise existe para a gente criar novas coisas. A humanidade criou grandes coisas em tempos de crise”.

“Sanções sem razão” e defesa das instituições

Lula sustentou que não há justificativa comercial para a retaliação. “Nesse caso o que é desagradável é que as razões justificadas ara impor sanções ao Brasil não existem”, afirmou, citando o histórico do comércio bilateral: “Na questão comercial, por exemplo, é inadmissível alguém dizer tem déficit com o Brasil quando nos últimos 15 anos o superávit deles foi de US$ 410 bilhões.A segunda coisa é que aqui no Brasil temos um Judiciário autônomo, que está garantido na nossa Constituição de 1988 e que nem Executivo nem o Legislativo têm nenhuma incidência com relação a julgamento que está acontecendo na Suprema Corte”.

O presidente também rechaçou narrativas sobre desrespeito a direitos humanos. “E ninguém está desrespeitando regras de direitos humanos como estão tentando apresentar ao mundo”, disse. “Nossos amigos americanos, toda vez que resolvem brigar com alguém, tentam criar uma imagem de demônio contra as pessoas que eles querem brigar. É assim com a América Latina, com o mundo árabe, com os russos, com países asiáticos”.

Julgamentos, democracia e o 8 de janeiro

Lula afirmou que o Brasil não aceitará a pecha de violador de direitos e defendeu a atuação da Justiça. “O Brasil não tinha efetivamente nenhuma razão para ser taxado e tampouco aceitaremos qualquer pecha de que no Brasil não respeitamos os direitos humanos e que o julgamento [de Jair Bolsonaro] está sendo feito de forma arbitrária”, declarou. “Na verdade o que estamos fazendo é o que feito apenas em países democráticos: julgando alguém com base em provas coletadas e testemunhas e com total direito de presunção de inocência. Isso é democracia elevada a sua quinta potência. Coisa que eu não tive quando fui julgado. E eu não reclamei”.

Ao rebater críticas externas, Lula relacionou o processo brasileiro aos episódios de 2022 e citou conversa com o presidente dos Estados Unidos. “Eu disse ao presidenteTrump: o que tivesse acontecido no Brasil o que aconteceu no Capitólio ele estaria sendo julgado aqui também”, afirmou. “Aqui, depois da Constituição de 1988, a gente pode encontrar algum defeito, mas a verdade é que a justiça nesse país tem que ser para todos,para brasileiros e estrangeiros residentes no Brasil, para empresas brasileiras e empresas estrangeiras radicadas no Brasil”.

“Não vamos chorar perdas”: novos mercados e multilateralismo

O presidente cobrou reação com foco em diversificação comercial. “Não é possível imaginar que o governo vai substituir os nosso parceiros comerciais. Vamos ter que procurar outros parceiros”, disse, ao relatar contatos recentes: “Liguei para o Xi Jinping essa semana e uma das coisas que eu falei foi dos pés de galinha. Nós vamos continuar vendendo… Se os Estados Unidos não querem comprar, vamos procurar outro país. Em vez de ficar chorando aquilo que nós perdemos, vamos ficar procurando ganhar em outro lugar. O mundo é grande, está ávido para fazer negociação com o Brasil”.

Para Lula, a motivação das sanções extrapola o campo econômico. “Acho que existe por trás uma necessidade muito grande destruir uma coisa chamada ‘multilateralismo’, que é o que permitiu que o mundo tivesse um comércio mais equilibrado, uma coisa mais harmônica, feita através da OMC”, afirmou. “Estamos num debate que não é econômico. É um debate político com teor ideológico. A razão pela qual o presidente norte-americano anuncia punir o Brasil por causa do ex-presidente, se ele conhecesse a verdadeira história, ele daria parabéns à Suprema Corte brasileira por estar julgando alguém que tratou de bagunçar a democracia brasileira”.

“Soberania é intocável” e recado a empresários e trabalhadores

Lula disse que o governo atuará para mitigar impactos sobre a economia e reforçou que não aceitará interferências. “Quero dizer para empresários e trabalhadores: a gente vai tentar fazer o que estiver ao nosso alcance para minimizar o problema que foi causado conosco”, afirmou. “A única coisa que precisamos exigir é que a nossa soberania é intocável. Ninguém dê palpite nas coisas que temos que fazer. Falar de direitos humanos no Brasil já foi importante em outras épocas. Mas agora para falar em direitos humanos no Brasil tem que olhar para o país que está acusando o Brasil”.

Em tom crítico, Lula também lembrou que a relação bilateral tem mais de dois séculos. “O que está sendo jogado fora é uma relação de 201 anos de história. Nós relevamos até o golpe de 1964”, disse. “Nem lembramos o que foi o papel da embaixada americana aqui no Brasil, o que foi o papel de navio de guerra dos EUA no nosso mar. Tudo isso a gente não esqueceu mas não coloca mais em conta. Porque nós somos da paz”.

Novos acordos e insistência na negociação

O presidente celebrou avanços comerciais recentes e prometeu perseverar na abertura de mercados. “Veja uma boa notícia: acabo de ser informado de que estamos fazendo 400 novos acordos comerciais em dois anos e meio, vendendo carne de boi e miúdos de boi para as Filipinas. E será assim. A gente vai continuar teimando em negociação. Nós gostamos de negociar e não queremos conflito”.

Foto reproduzida da Internet

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