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por Carlos Alberto Barbosa

O presidente Lula e o seu partido, o PT, erraram a respeito da eleição da Venezuela. Mas que moral, convenhamos, tem os bolsonaristas e parte da imprensa tupiniquim para criticarem o presidente e o seu partido? Nenhuma!

Senão vejamos: o presidente Lula cometeu um erro ao dizer que “não houve nada de grave” ou de “assustador” nas eleições presidenciais daquele país, mas ao mesmo tempo disse esperar a verificação das Atas para o Brasil se posicionar. Saliente-se que em uma declaração divulgada na rede social X, o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, expressou seu apoio à proposta do presidente sobre a situação política na Venezuela, que enfrenta uma nova crise após as eleições presidenciais vencidas por Nicolás Maduro e contestadas pela oposição. Biden e Lula concordaram sobre a necessidade de uma liberação imediata e transparente dos dados de votação pelas autoridades eleitorais venezuelanas, assegurando que essa medida é essencial para garantir a legitimidade do processo eleitoral.

Na mesma linha segue o chefe de política externa da União Europeia, Josep Borrell, que disse nesta quarta-feira (31) que o bloco não pode reconhecer o resultado da eleição da Venezuela até que todos os votos sejam contados e os registros fornecidos, em meio a preocupações internacionais sobre a integridade da votação.

Portanto, afora o erro de considerar que “não houve nada de grave” ou de “assustador” nas eleições presidenciais da Venezuela, o presidente do Brasil aguarda a conferência das Atas de urnas, assim como o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, dita a maior democracia do mundo, e o
chefe de política externa da União Europeia, Josep Borrell, para poder se posicionar.

Detalhe:

O candidato de oposição na Venezuela agradeceu a postura do Brasil. Edmundo Gonzalez, candidato da oposição na Venezuela, incluiu o Brasil nos agradecimentos à comunidade internacional. Segundo ele, o governo de Luiz Inácio Lula da Silva foi um dos que se posicionou de forma a cobrar transparência e a entrega de atas das eleições, antes de reconhecer os resultados finais (uol)

Quanto a nota do PT, a presidente nacional do Partido, deputada federal Gleisi Hoffmann (PT-PR), fez duras críticas ao Globo após o jornal criticar o reconhecimento do partido à eleição do presidente venezuelano Nicolás Maduro. Em um tweet, Gleisi defendeu o posicionamento do PT e acusou o jornal de ter um histórico de apoio a golpes no Brasil.

“Quem tem histórico de apoiar e sustentar golpes, aqui mesmo no Brasil, é o jornal O Globo, jamais o PT. Foi assim no golpe do parlamentarismo contra o presidente João Goulart em 1961. Foi assim em 1964 e ao longo de vinte anos de ditadura, incluindo o AI-5. Foi assim no golpe do impeachment sem crime de responsabilidade da presidenta Dilma Rousseff, em 2016. O PT é um partido democrático na essência e defende o respeito à soberania dos povos e países. Também no quesito soberania nacional, o histórico de entreguismo e subserviência do Globo a interesses estrangeiros não credencia o jornal a atacar o PT e nossas resoluções internas”, declarou Gleisi.

Sobre a matilha bolsonarista, devo dizer que graças a eleição pela terceira vez do presidente Lula, o Brasil hoje não vive sob um regime fascista e ditatorial. Quem tentou um golpe de Estado fracassado porque os Estados Unidos e parte das Forças Armadas não deram apoio foi o ex-presidente Jair Messias Bolsonaro (PL), que, inclusive, até uma Minuta de golpe de Estado foi encontrada. Até atentado, também fracassado, foi planejado e só não deu resultado porque a bomba que era pra ser detonada num caminhão tanque cheio de gasolina estacionado próximo ao Aeroporto Internacional de Brasília, foi encontrada pelo motorista do veículo horas antes.

Aliás, o Brasil só não virou uma Venezuela porque Jair Messias Bolsonaro não foi reeleito, porque se não teríamos aqui uma ditadura fascista de ultradireita.

Foto reproduzida da Internet