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por Carlos Alberto Barbosa

Posso até está equivocado, mas o presidente Lula (PT) é candidatíssimo a reeleição. Não à toa tem reforçado o discurso desde a campanha passada que não basta apenas se ter um governo progressista, mas é preciso também por um fim ao Congresso conservador que insiste em sobreviver às urnas. Lula tem dito, inclusive, que o PT deve priorizar nas próximas eleições candidatos ao Senado para dar sustentabilidade a um atual quarto mandato seu como presidente da República.

Lula sabe que sua base de sustentação política está, sobretudo, no Nordeste que sempre lhe deu maioria de votos e, ele, como bom nordestino não foge à luta. Para se ter uma ideia do quão o petista prioriza as classes menos favorecidas que ocupam os rincões do Nordeste e Norte do país, em 2024, o Brasil testemunhou a maior redução da desigualdade social dos últimos anos, conforme dados de um estudo social da Fundação Getúlio Vargas, baseado na Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua). A renda do trabalho dos brasileiros mais pobres cresceu 10,7%, o que representa um aumento significativamente superior ao dos 10% mais ricos, que tiveram uma alta de 6,7%. A média geral de crescimento da renda do trabalho foi de 7,1%.

Esse avanço foi atribuído principalmente à combinação entre a geração de empregos formais e a implementação da Regra de Proteção do Bolsa Família. A regra permite que os beneficiários permaneçam no programa por até dois anos após conseguirem um emprego formal ou aumentarem sua renda, recebendo 50% do valor do benefício durante esse período. Em 2023, o Governo Federal reestruturou o Bolsa Família, ampliando o valor médio recebido por beneficiário em 44% e criando novas categorias para melhor refletir a composição familiar, como o número de crianças, gestantes e nutrizes.

Está semana o presidente Lula deu uma delcaração que reforça ainda mais o que estou a dizer. Disse Lula:

“A geopolítica do mundo não é feita de ocasiões, ela tem que ser perene. E nós precisamos construir com instituições que deem segurança ao exercício da democracia, independentemente de quem seja o presidente da República. Como será o Brasil quando eu não for mais presidente, se entrar a extrema-direita aqui?”.

Aliás, a extrema-direita sabe tanto disso que encomendou uma pesquisa ao Instituto Paraná divulgada com ênfase nas redes sociais em grupos, blogs e portais conservadores. De acordo com a avaliação, o presidente Lula não conseguiria se reeleger se a eleição de 2026 ocorresse hoje em uma disputa com o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), que segue inelegível perante a Justiça e pode ser preso por tentativa de golpe de Estado. O novo levantamento do Paraná Pesquisas divulgado na terça (22) mostra uma vitória apertada do ex-presidente no segundo turno com o atual presidente.

E vai mais além: a pesquisa mostra que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva ficaria atrás, além do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), da ex-primeira-dama, Michelle Bolsonaro, e do atual governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), em um cenário de segundo turno de uma eleição presidencial.

Considerando que Bolsonaro está inelegível e que, portanto, não poderá concorrer à Presidência da República, ainda mais na iminência de ser preso por tentativa de golpe de Estado, Michelle, que nunca foi política na vida, e Tarcísio de Freitas que deverá ser o candidato da extrema-direita e que em pesquisas realizadas por outros institutos sempre esteve atrás de Lula, há de se dizer que a extrema-direita já tem a certeza de que Lula será mesmo candidato a reeleição e procura criar um fato novo para tentar desestabilizar a esquerda.

A conferir!

Foto reproduzida da Internet